Autor: Lusa/AOonline
Em entrevista à agência de notícias espanhola Efe, o responsável defendeu que, no caso de Luxor, cidade a 700 quilómetros do Cairo, algumas sepulturas serão definitivamente encerradas, sendo substituídas por réplicas que possam ser vistas pelos turistas.
"Estes túmulos deverão destruir-se dentro de 200 anos por causa da respiração dos turistas que os visitam", alertou Zahi Hawas.
Entre os túmulos que serão abrangidos por esta medida do conselho egípcio estão a sepultura de Tutankamón, descoberta em 1922, e da rainha Nefertari, mulher de Ramsés II.
Com recurso a raios laser, vários especialistas começaram já a recolher imagens detalhadas dos túmulos para reproduzir cópias fiéis.
Depois de encerrados, só especialistas em arqueologia poderão visitar as sepulturas originais, depois de pagar uma "entrada caríssima", disse Zahi Hawas.
O anúncio da medida foi recebido com algum desagrado por alguns egiptólogos, por se tratar de oferecer aos turistas a visão de uma réplica de uma antiguidade.
"Que civilização e património existe numa réplica feita com pedras do anos de 2011?", questionou o especialista em egiptologia e guia turístico, El Shamaa, em declarações à agência Efe.
O secretário geral do Conselho Supremo das Antiguidades está confiante que a medida não irá afastar os turistas.
Além de que "proteger a História é mais importante do que o turismo", disse.