Açoriano Oriental
Torres Novas "capital da lusofonia" de 10 a 16 de Novembro
A cidade de Torres Novas assume-se, na próxima semana, como a "capital da Lusofonia", vivendo um vasto conjunto de eventos - música, livros, dança, gastronomia, conferências -, numa "montra" da cultura dos países de língua oficial portuguesa.

Autor: Lusa/AO online

    Os Encontros de Lusofonia, inseridos no projecto da Câmara Municipal de Torres Novas "Memórias da História", partem da existência, na cidade, de uma réplica do Padrão Henriquino - com que o anterior regime assinalou, em 1960, os 500 anos da morte do Infante D. Henrique - idêntica à colocada em outras cidades de países lusófonos.

    A iniciativa, que decorre de 10 a 16 de Novembro, surge ainda no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural e de um trabalho que a autarquia tem desenvolvido com Cabo Verde e Timor-Leste.

    O presidente da autarquia torrejana, António Rodrigues (PS), disse à agência Lusa que "faz todo o sentido Torres Novas agarrar a lusofonia", não só pela "boa geminação" que tem desenvolvido com o município cabo-verdiano da Ribeira Grande como pelo trabalho que iniciou este ano em Timor-Leste, no apoio à elaboração da legislação do futuro poder local, a convite do Governo daquele país.

    Os Encontros da Lusofonia incluem uma série de iniciativas em torno da Língua Portuguesa e da sua divulgação, desde conferências, uma Feira do Livro Lusófono, "workshops", concertos e jantares temáticos.

    O programa arranca segunda-feira, com uma "Oficina dos Mapas", um convite à escrita, desenho e orientação geográfica dirigido aos alunos dos segundo e terceiro ciclos do concelho, a abertura da "Biblioteca Lusófona" e a inauguração das Feiras do Livro e do Disco, do Espaço de Leitura e de exposições de fotografia.

    Dias 12 e 13, os Serviços Educativos da autarquia convidam os alunos do primeiro ciclo para uma Oficina de Vocábulos (G)Astronómicos Cozinhados, escrita e colagem de ingredientes e palavras.

    Dias 14 e 15, será a vez de um "workshop" de danças africanas, orientado pela Batoto Yetu, associação sem fins lucrativos que se estabeleceu em 1990, em Nova Iorque, e se estendeu a Portugal, destinando-se a jovens descendentes de famílias provenientes de Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e S. Tomé e Príncipe.

    O programa inclui uma série de conferências para debater assuntos como a Cooperação (com apresentação do projecto CASA, dia 11) e a Lusofonia (com as presenças do director-geral da CPLP, Hélder Vaz, da directora do serviço responsável pelo ensino do português no estrangeiro do Instituto Camões, Madalena Arroja, e de um representante do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, dia 13).

    "O Padrão Henriquino em Torres Novas e no Mundo Lusófono" é o tema em debate no dia 14, com as participações do vice-presidente da Associação Portuguesa dos Historiadores de Arte, José Abreu, e do docente da Universidade Autónoma de Lisboa José Manuel Fernandes, seguindo-se, dia 16, a conferência "Escritos da Lusofonia", com a presença de diversos escritores.

    Um encontro de estudantes timorenses e a conferência "Timor-Leste, contributos para a construção do país" marcam o último dia dos Encontros de Lusofonia (dia 16), que culminam com um "espectáculo de solidariedade".

   
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