O exército ucraniano admitiu que as tropas russas se estão a aproximar de Kiev de nordeste e de leste, segundo a agência France-Presse (AFP).

“Tendo sido empurrado para trás pelos defensores de Cherniguiv, o inimigo procura contornar a cidade para atacar a capital”, disse o comando das tropas ucranianas na rede social Facebook.

Os militares ucranianos disseram que um grupo de espiões e sabotadores russos foi visto num distrito nos arredores de Kiev e a polícia pediu às pessoas para não saírem de uma estação de metro no centro da cidade porque havia tiroteios na área, noticiou a AP.

O Ministério da Defesa ucraniano apelou aos civis para que peguem em armas.

"Pedimos aos cidadãos que nos informem dos movimentos inimigos, façam 'cocktails molotov', neutralizem o ocupante", pediu o Ministério nas redes sociais, citado pela AFP.

Um conselheiro do Presidente da Ucrânia disse hoje que Volodymyr Zelensky vai continuar na capital para “demonstrar a resiliência do povo ucraniano”, segundo a agência russa TASS.

Esta manhã, no segundo dia da guerra, foram ouvidas explosões em Kiev, que o conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, atribuiu ao fogo de baterias antiaéreas que defendiam a cidade.

O Ministério da Defesa russo negou ter lançado um ataque com mísseis contra Kiev, que foi denunciado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.

“Terríveis ataques de mísseis a Kiev. A última vez que a nossa capital sofreu algo semelhante foi em 1941, quando foi atacada pela Alemanha nazi”, escreveu Kuleba na rede social Twitter.

Além de Kiev, a agência turca Anadolu noticiou que também foram ouvidas várias explosões em Lviv, uma cidade perto da fronteira com a Polónia, a cerca de 540 quilómetros da capital.