Autor: Lusa/Ao online
Após um período de declínio, entre 2010 e 2014, desde o início de 2015 que se tem verificado um aumento do número de clientes que procuram os programas de saúde e bem-estar, de acordo com o secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto Barbosa.
Embora não haja indicadores de taxas de ocupação, avançou o representante, o número total de tratamentos terapêuticos em 2017 foi de cerca de 1.300.000 nos 41 estabelecimentos termais que estão em funcionamento no país (no continente), além das Termas de Ferraria, nos Açores.
No total, nas termas da Associação das Termas de Portugal (ATP), realizaram-se cerca de 420.000 dias de tratamentos e 90.000 dias de práticas de bem-estar termal.
Dos tratamentos, as patologias mais tratadas foram as relacionadas com as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (50%), seguidas das patologias das vias respiratórias, com 30% da procura.
Neste último caso, segundo os dados fornecidos à Lusa, cresceu o número de crianças e jovens que procuraram nos tratamentos termais a solução terapêutica para diversos tipos de alergias respiratórias, nomeadamente rinite, sinusite e asma, entre outras.
De acordo com João Pinto Barbosa, no ano passado a associação registou uma faturação de 13 milhões de euros em consultas, tratamentos termais e práticas de bem-estar, mais 0,5% do que em 2016.
Estes números refletem apenas a atividade nos balneários termais e não incluem o restante leque de serviços turísticos das termas, como hotelaria, restauração, outros serviços turísticos e dermocosmética, explicou o responsável.
“Na globalidade, estimamos que o volume de negócios das Termas ATP em 2017 foi de 22 milhões de euros”, referiu João Pinto Barbosa.
Quanto à caracterização dos utilizadores destes espaços, ao nível de termalismo terapêutico, são “maioritariamente seniores, com idade superior a 65 anos”, mas o segmento que regista maior aumento da procura é o das crianças e dos jovens.
Já em relação aos clientes de programas de bem-estar, são maioritariamente mais jovens, no escalão 45-55 anos, sendo que 90% dos clientes de termas são portugueses.
As termas empregam cerca de 2.000 pessoas, estimando o secretário-geral da ATP que o emprego indireto e induzido seja bastante superior.