Autor: Carolina Moreira
Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) reivindicam, numa carta aberta, o descongelamento da carreira com a atribuição de um mínimo de 1,5 pontos por ano de serviço, a “correta” distribuição dos profissionais pelas três categorias e a contagem integral dos anos de serviço para quem se encontra em contrato individual de trabalho.
Recorde-se que, no passado dia 29 de setembro, a secretária regional da Saúde, Teresa Luciano, anunciou o reconhecimento do tempo de serviço prestado entre 2007 e 2018 a todos os contratados dos hospitais que tenham 10 ou mais anos de serviço, nos quais se incluem os TSDT, através da atribuição a cada trabalhador de um ponto por cada ano de trabalho.
Numa carta aberta, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica demonstram a sua insatisfação com o anúncio do Governo Regional, ressalvando que “outras carreiras de licenciados na saúde recebem 1,5 pontos ou mais”.
“Sentiram os TSDT’s açorianos a esperança de, pelo exercício da autonomia, ser tratados com equidade à semelhança do que aconteceu com outras profissões na Região Autónoma dos Açores, como é o caso dos professores, de forma justa. Para nossa surpresa, além de nos ser negada essa equidade, vemos agravadas as injustiças que nos tinham sido aplicadas, conseguindo o Governo dos Açores ser ainda mais lesivo dos direitos destes profissionais”, ressalvam.
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica recordam ainda que o PS chumbou na Assembleia Legislativa Regional, no passado dia 8 de setembro, a proposta do CDS pela defesa dos direitos destes trabalhadores, não tendo apresentado “um único motivo credível para justificar a sua posição”.
“Nesse dia, o PS reiterou uma injustiça gritante contra 380 profissionais que se esforçam diariamente por cuidar de quem precisa”, afirmam.
Segundo estes trabalhadores, a secretária regional da Saúde “ignora os profissionais que permanecem à sua espera e só lhes responde contrariada e em ataque, referindo que deviam estar satisfeitos por lhes serem pagos retroativos devidos desde janeiro de 2019. Aplaudir esta medida seria o mesmo que aplaudir o multibanco quando nos entrega dinheiro”, frisam.
Por estes motivos, os técnicos superiores de diagnóstico e
terapêutica reivindicam “respeito” e realçam sentir “claramente a
opressão sobre uma carreira de 380 profissionais dos Açores que,
civicamente, procuram fazer-se ouvir”, pode ler-se na carta aberta.