Autor: Paula Gouveia
O filme escolhido é um marco da história do cinema
italiano: conquistou em Cannes o Prémio Especial do Júri e a Academia de
Hollywood escolheu-o como o melhor filme de língua estrangeira.
Em
“Cinema Paraíso”, vemos o famoso cineasta Salvatore Di Vitta a receber
um telefonema da mãe, que lhe comunica a morte do seu velho amigo
Alfredo. Salvatore, ou Totó como era conhecido em criança, regressa à
sua aldeia natal, na Sicília, onde é invadido por recordações da
infância, de um tempo em que vivia fascinado pela cabina mágica de
Alfredo, o mal-humorado projecionista do cinema da vila: o Cinema
Paraíso. Alfredo, que o deixava ver todos os filmes, ocupava de certa
forma o papel do pai, desaparecido durante a Segunda Guerra Mundial, e
acabou por contribuir para a sua carreira como cineasta.