Autor: Lusa/AO Online
O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) suspendeu os processos de privatização da companhia de aviação Azores Airlines e dos hotéis das ilhas das Flores e da Graciosa, devido à atual situação política na região.
Para o vice-presidente do grupo parlamentar do PS/Açores, Carlos Silva, a decisão “parece defender mais o interesse do próprio Governo Regional e dos partidos da coligação do que propriamente o interesse da SATA e dos açorianos”.
Segundo o socialista, desde o início que os processos de privatização da companhia aérea e dos dois hotéis foram “pouco transparentes” e o Governo Regional “não divulgou informação que foi requerida pelo parlamento”.
“Nós ainda não conhecemos sequer o relatório do júri do processo de privatização da Azores Airlines”, disse numa declaração enviada à agência Lusa, acrescentado que o partido também desconhece o “conteúdo exato do processo de reestruturação negociado com a Comissão Europeia”.
Se, para o Governo Regional, a sobrevivência da SATA dependia do processo de privatização, “então como é que fica a SATA” e “como é que fica salvaguardado o futuro da SATA com essa suspensão desse processo”, questiona Carlos Silva.
Em relação aos hotéis, o responsável diz que também “não se sabe nada”.
Para o vice-presidente do grupo parlamentar do PS/Açores, Carlos Silva, o executivo alega que tomou uma “decisão responsável e de acordo com a ética democrática”, mas, nos últimos tempos, “tem feito uma campanha abusiva de prometer tudo a todos” e “sem se preocupar minimamente com a ética democrática, com a responsabilidade”.
“Esta é uma decisão do Governo que traduz aquela que tem sido a sua incapacidade e a sua incompetência, nos últimos três anos, em governar a Região Autónoma dos Açores”, concluiu o socialista.
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