Açoriano Oriental
Solarworld quer comprar a Opel por mil milhões de euros
A empresa de energias renováveis SolarWorld anunciou que pretende comprar a Opel, a atravessar uma situação díficil devido à quebra na procura de veículos, e transformá-la "no primeiro consórcio automóvel ecológico europeu“.

Autor: Lusa/AO online
A prosposta da Solarword, que tem sede em Bona e planeia, constroi e instala instalações fotovoltáicas e de energia aeólica, abrange as quatro fábricas da Opel na Alemanha e o centro de pesquisa em Ruesselheim.

    A SolarWorld, numa "Corporate News" enviada à Bolsa de Frankfurt, afirma que está em condições de pagar 250 milhões de euros em dinheiro e que pretende obter mais 750 milhões de euros através de uma linha de crédito a obter com um aval do governo alemão.

    Condição prévia para a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Opel é a completa separação da empresa da casa-mãe, a norte-americana General Motors.

    Além disso, a SolarWorld exigirá uma verba de compensação de 40 mil euros para manter todos os posto de trabalho, no total de cerca de mil milhões de euros - a Opel tem quase 26 mil trabalhadores na Alemanha -, valor igual ao preço de compra, o que redundaria na aquisição da marca automóvel a custo zero.

    Um porta-voz da Opel Europa, em Ruesselsheim, recusou-se a comentar a notícia, que surpreendeu a maioria dos analistas alemães, devido ao facto de a SolarWorld não ter uma boa solução financeira.

    "É uma excelente manobra publicitária, mas nada mais", disse Holger Scholze, comentador especializado em assuntos bolsistas da cadeia de televisão alemã n-tv.

    Altos responsáveis da Opel estiveram reunidos na segunda-feira, em Berlim, com a chanceler Ângela Merkel, para debater a hipótese de um aval do governo à empresa, que está a ser afectada por uma pronunciada quebra na procura de veículos, tal como outros fabricantes automóveis.

    Merkel prometeu uma resposta do executivo antes do Natal, mas pôs a condição de qualquer ajuda à Opel reverter apenas para a empresa na Alemanha, e não para a General Motors nos EUA, que está em situação particularmente difícil.
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