Autor: Lusa/Ao online
No documento final do encontro, com 60 páginas e 167 pontos, aprovados hoje um a um pelos 149 padres sinodais, é referido que os abusos provocam nas vítimas, entre elas muitos jovens, sofrimentos que podem durar toda a vida e aos quais nem o arrependimento pode dar solução.
No documento também é pedido que seja enfrentada a “falta de responsabilidade e transparência com que muitos casos têm sido geridos” e é criticado o clericalismo “que faz com que alguém acredite que pertence a um grupo que tem todas as respostas e não precisa de ouvir ou aprender nada ou finge escutar”
O Sínodo agradece a "quem teve a coragem de denunciar o que sofreu, ajudando a Igreja a tomar consciência do que se passou e a necessidade de reagir decisivamente".
A assembleia de bispos, os únicos que podem votar no documento, "reconheceu que enfrentar os abusos em todos os seus aspetos, inclusive com a valiosa ajuda dos jovens, pode ser uma oportunidade para uma reforma de alcance histórico".
Nos documentos de preparação para este Sínodo, que começou em 03 de outubro, um dos temas era o abuso sexual e revelava que, como o próprio papa enfatizou, essas ações dos membros do clero eram uma das causas que afastavam os jovens da Igreja católica.