Açoriano Oriental
Ucrânia
Secretário-geral da NATO reitera apoio à Suécia e à Finlândia

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou inconcebível que os países da Aliança Atlântica não apoiem a Suécia e a Finlândia, apesar de ainda não serem ainda membros de pleno direito da organização.

Secretário-geral da NATO reitera apoio à Suécia e à Finlândia

Autor: Lusa/AO Online

"É inconcebível que os aliados da NATO não atuem se houver algum tipo de pressão contra a Suécia e a Finlândia", disse Stoltenberg numa conferência de imprensa após uma reunião no quartel-general da organização, em Bruxelas, com o novo primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson. 

No passado mês de junho, na Cimeira de Madrid, os líderes dos países que constituem a Aliança Atlântica concederam aos dois países nórdicos o estatuto de países convidados à integração na organização.  

Stoltenberg, político norueguês, disse que a Suécia e a Finlândia "encontram-se neste momento numa posição muito diferente da que tinham antes de solicitar a entrada na NATO, motivada pela agressão da Rússia contra a Ucrânia. 

Em concreto, disse que "agora a NATO está mais presente na região do Báltico" - sobretudo depois dos supostos atos de sabotagem contra os gasodutos Nord Stream - e frisou que a Suécia e a Finlândia estão a "a integrar-se nas estruturas civis e militares da Aliança Atlântica". 

Stoltenberg recordou que "muitos aliados deram garantias de segurança aos dois países", o que inclui proteção em caso de sofrerem alguma agressão durante o período entre o pedido de adesão e a entrada de facto no organismo internacional, assim como a possibilidade de invocarem o artigo 05 do Tratado de Washington sobre defesa coletiva.

O artigo do documento que está na base da fundação da NATO refere que se um aliado é atacado, os restantes membros podem responder e prestar ajuda. 

Jens Stoltenberg enfatizou que a Suécia e a Finlândia estão a realizar manobras militares com a NATO "e a trabalharem mais juntos do que nunca". 

O secretário-geral dos aliados destacou a visita de Kristersson à sede da NATO apenas três dias após a tomada de posse como chefe do governo da Suécia. 

"A entrada (da Suécia) vai reforçar a presença da Aliança Atlântica no Norte, assim como aprofundar a cooperação nórdica e báltica em matéria de defesa", disse ainda Stoltenberg. 

Para que a entrada dos dois países seja efetiva, todos os trinta países aliados devem conceder aprovação a nível nacional.

Até ao momento, a Hungria a Turquia ainda não aprovaram o processo. 

No sentido de estreitar as relações com a Turquia, a Finlândia e a Suécia assinaram com Ancara, à margem da Cimeira de Madrid, um memorando trilateral que reforça a cooperação na luta contra o "terrorismo", a principal preocupação do governo turco. 

No âmbito desse acordo, Estocolmo compromete-se a pôr fim a qualquer restrição de venda de armas à Turquia, melhorar a cooperação antiterrorista, proibir atividades de organizações terroristas, incluindo do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), e a trabalhar mais em questões como a extradição e o combate ao financiamento do "terrorismo".

Kristersson reafirmou o compromisso em relação ao memorando e recordou que a Suécia está a aplicar nova legislação para cumprir os requisitos. 


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados