Autor: Lusa/AO Online
"Quero esclarecer que as taxas de juro a aceitar por Portugal serão obviamente as que o Governo, no momento oportuno e através do ministério competente, considerar sustentáveis pela nossa economia, e não qualquer outro valor fixado de antemão", disse Rui Machete.
O ministro referiu à Lusa, no domingo, que um segundo resgate "é evitável" desde que as taxas de juro a 10 anos igualem ou fiquem abaixo dos 4,5%", à margem de um encontro com a comunidade portuguesa em Nova Deli, Índia, onde se encontra para participar num encontro de responsáveis dos Negócios Estrangeiros da Europa e da Ásia.
Hoje, o governante sustentou que as suas declarações pretendiam "explicar o esforço a desenvolver" por Portugal quando transmitia a sua "convicção e confiança" de que o país terminará o programa de ajustamento económico e financeiro no final do primeiro semestre de 2014, como previsto.
"Nesse contexto, e para explicar o esforço a desenvolver, referi - indicativamente e como mera hipótese - a taxa de juro de 4,5% das obrigações do Estado a dez anos", afirmou.
Para Rui Machete, não seria admissível "pretender" determinar as taxas de juro a aceitar pelo país "numa intervenção que visava sublinhar que há indícios de evolução positiva" da economia portuguesa, "que evidencia que a esperança em melhores dias tem fundamento".
O líder do PS, António José Seguro, considerou no domingo que as palavras de Machete são de "uma enorme gravidade" e apelou ao primeiro-ministro para que "ponha juízo" nos seus ministros.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, disse hoje por seu lado que o ministro dos Negócios Estrangeiros português deu voz "ao pensamento que preocupa este Governo", que é um "segundo resgate no horizonte de Portugal".
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