Autor: LUSA/AO online
"Estimámos valores [custos] relacionados com a insularidade, muito próximos daqueles que foram estimados pela Universidade da Madeira”, que rondaram os 700 mil euros, afirmou João Luís Gaspar, no final de uma audiência com a presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Ana Luís, realizada na cidade da Horta.
Em relação à tripolaridade, os custos são até superiores. "Estamos a falar em qualquer coisa como 800 mil euros", disse.
João Luís Gaspar adiantou que já entregou um estudo com estes valores ao Ministério da Educação e ao Governo dos Açores e quis agora fazê-lo também junto do parlamento, para alertar os partidos políticos para a necessidade de haver um reforço dos apoios ao funcionamento da Universidade.
"Estamos a falar de um total de 1,5 milhões de euros, que seria, naturalmente, mais do que suficiente para que a Universidade pudesse entrar numa rota de crescimento, que é exatamente isso que esperamos que aconteça no próximo ano", defendeu.
O reitor da Universidade lembrou que as outras universidades do país não têm estes sobrecustos - que resultam da situação arquipelágica da região - e alertou os partidos políticos com assento parlamentar para este problema concreto relacionado com o financiamento da academia açoriana.
João Luís Gaspar adiantou que a secretaria de Estado do Ensino Superior "já reconheceu a existência de custos de insularidade" na Universidade dos Açores, aguardando agora que esse reconhecimento tenha tradução prática no que se refere à transferência de verbas.
Em relação ao Governo dos Açores, o reitor espera que o executivo reforce os apoios destinados a fazer face à tripolaridade e à descontinuidade geográfica da academia açoriana.