Açoriano Oriental
Regiões autónomas deveriam estar sujeitas aos "mesmos sacrifícios" que resto do país
O líder do PSD/Porto defendeu esta noite que as populações das regiões autónomas “deveriam efetuar os mesmos sacrifícios” que as restantes porque não há portugueses “de primeira e de segunda”.
Regiões autónomas deveriam estar sujeitas aos "mesmos sacrifícios" que resto do país

Autor: Lusa/AO Online

“Tenho tudo a favor dos madeirenses e dos açorianos, mas o seu contributo para a recuperação económica tem de ser idêntico a todas as populações das outras regiões do país e só assim poderemos ter uma efetiva coesão territorial e social”, disse Virgílio Macedo durante a Assembleia Distrital do PSD/Porto que decorreu esta noite.

O social-democrata que sucedeu a Marco António Costa na liderança da distrital considerou mesmo “inaceitável” que as regiões autónomas “tenham determinados privilégios, nomeadamente taxas de IRS, IRC e IVA mais baixas, estradas não portajadas, não pagam taxas moderadoras da saúde, impostos especiais sobre o consumo mais baixos e gasolina mais barata”.

“Pasme-se! É mais barato a um madeirense ir do Funchal a Lisboa de avião que qualquer um de nós ir de carro para Lisboa. Isto, na minha opinião, não é aceitável”, frisou o também deputado.

E porque “não é aceitável que existam portugueses de primeira e de segunda”, Virgílio Macedo defendeu que como “todos somos portugueses, todos deveremos ser tratados da mesma forma”.

Quanto à dívida da Madeira, disse ser “inadmissível o nível de desvio orçamental” ocorrido naquela região autónoma bem como “o incumprimento voluntário e sistemático das regras orçamentais e da própria lei das finanças regionais”.

“Estamos em plena campanha eleitoral para as eleições regionais. É de certa forma compreensível que por vezes possam existir excessos de linguagem por parte de alguns candidatos, mas penso que o governo de Portugal não pode ficar condicionado relativamente a essas afirmações”, sublinhou o dirigente.

Disse mesmo que “nada deverá ser tabu, exceto o princípio base de que todos somos portugueses e nesse sentido todos deveremos ter os mesmos direitos e obrigações”.

“Se a região autónoma da madeira ou dos açores necessitassem de algum plano de reequilíbrio financeiro as suas populações deveria efetuar exatamente os mesmos sacrifícios que a restante população de Portugal continental”, continuou.

Por isso mesmo, exemplificou que “as estradas com características de autoestradas, como existem na madeira e nos açores, deveriam eventualmente ser portajadas, tal e qual como são no distrito do Porto”.

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