Recuperação das salas históricas do antigo Liceu já foi iniciada

O Palácio da Fonte Bela que faz parte do complexo da Escola Secundária Antero de Quental está a ser alvo de uma intervenção de recuperação e restauro, de forma a salvaguardar este património regional



A obra de recuperação do teto da sala dos professores da Escola Antero de Quental já foi iniciada, estando já planeada a segunda fase desta intervenção.

Este planeamento foi revelado pela secretária regional das Obras Públicas e Comunicações, Ana Carvalho, que ontem visitou a Escola Secundária Antero de Quental, em conjunto com a secretária regional da Educação, Sofia Ribeiro, e  a secretária regional da Cultura, Ciência e Transição Digital, Susete Amaro. 

“A sala dos professores começou a ter problemas de cedência do teto, pelo que foi pedida uma intervenção da Secretaria das Obras Públicas que instalou uns andaimes e uma película de proteção, o que impede para já a queda do teto”, explicou Ana Carvalho.

A governante relevou que a  intervenção nas salas históricas, deste edifício do século XIX, já está planeada, consistindo no tratamento de toda a madeira dos 600 metros quadrados do Palácio da Fonte Bela, onde está instalada a Escola Secundária Antero de Quental, para erradicação das térmitas, o que demorará cerca de dois meses. Posteriormente, a sala dos professores será tratada por um técnico conservador que vai tratar das pinturas da sala dos professores e no futuro nas restantes salas. 

“Já lançámos o procedimento para contratar uma empresa que faça o tratamento antitérmitas e em simultâneo iremos fazer a contratação do técnico de conservação”, disse, ainda que sem avançar prazos para a finalização desta intervenção que classificou como “urgente”.

Recorde-se que a Escola Secundária Antero de Quental mantém, desde dezembro de 2019,  encerradas três salas de aula, a antiga sala dos professores e a biblioteca patrimonial, salas que apresentam pinturas nos seus tetos, de forma a garantir da segurança, tendo em conta a infestação de térmitas na estrutura dos telhados, detetada em 2015 por uma vistoria do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC). 

Já a secretária regional da Educação, Sofia Ribeiro, assegurou que a intervenção na escola Antero de Quental é uma prioridade do executivo regional, dado que para além da sua função escolar constitui também um património único da Região.

“A Escola Antero de Quental integra a lista de escolas que necessitam de intervenção, mas nesta fase indubitavelmente a nossa prioridade é a proteção do Palácio da Fonte Bela”, afirmou, realçando: “a escola possui um património que faz parte da história das emoções de muitos micaelenses que aqui estudaram, mas é património da Região”.

Quanto a uma intervenção de fundo nesta escola, Sofia Ribeiro lembrou que o executivo tem vindo a analisar todo o parque escolar, em especial na ilha de São Miguel, e que tem dado nota pública da degradação de vários edifícios escolares.

“A Escola Antero de Quental está integrada nesta perspetiva mas em devido tempo e assim que tenhamos confirmação da cabimentação orçamental, porque estamos a falar de várias obras avultadas e que carecem de financiamento europeu, faremos as competentes escolhas”, revelou .

Sofia Ribeiro aproveitou ainda para frisar a preocupação do Governo regional com a preservação do espólio desta escola.

Nesta reunião foi também falada a necessidade de conservação do espólio de quadros do pintor Domingos Rebelo da propriedade da escola, assim como de livros, tendo a secretária regional da Cultura garantido que a tutela ajudará na operacionalização dessas questões.

“Podemos dar apoio com os técnicos de conservação e restauro especializado em pinturas de conservação vegetal que irão tratar a questão das pinturas e dos livros”, revelou.
No final desta visita, o presidente do conselho executivo da Escola Secundária Antero de Quental, Ulisses Barata, afirmava que esta intervenção no Palácio da Fonte Bela é uma obra de que “a escola esperava há muito” e que a visita de ontem demonstra a preocupação do atual executivo regional com o estado de conservação da escola. “Temos consciência que é um processo que vai ter de ser espaçado no tempo, dado que será um investimento muito grande, mas o que queremos é que ocorra ainda que compartimentado no tempo”, disse.

O professor revelou também que mesmo a área mais recente da escola, que data da década de 60 do século passado, também necessita de ser intervencionada.

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