Açoriano Oriental
Receitas do jogo em Macau caem 3% no segundo trimestre
O sector do Jogo em Macau fechou o segundo trimestre do ano em quebra de cerca de três por cento face aos primeiros três meses, o que acontece pela segunda vez desde a entrada dos novos operadores em 2004.

Autor: Lusa/AO online
De acordo com os dados disponíveis pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos referentes aos dois primeiros trimestres do ano, depois de um recorde de 30.085 milhões de patacas (2.406,8 milhões de euros) entre Janeiro e Março, o período de Abril a Junho registou 29.179 milhões de patacas (2.334,3 milhões de euros), menos cerca de três por cento.

    A diminuição das receitas do segundo trimestre está, de acordo com fontes do sector contactadas pela Agência Lusa, relacionada com medidas mais restritivas impostas pelas autoridades chinesas à emissão de vistos para Macau, mas também devido à época de exames de Junho nas escolas do continente que fez diminuir o número de famílias que se deslocavam à cidade logo a partir de Maio.

    “Os números de 2008 não podem ser comparados com os de 2005 - quando se deu a primeira quebra entre trimestres e que foi inferior a 0,1 por cento - porque hoje qualquer alteração de condições é sentida pelo sector devido aos montantes elevados, logo só as restrições impostas pelas autoridades chinesas para diminuir o fluxo de capitais nos casinos de Macau têm reflexo nas contas”, disse uma fonte contactada pela Lusa.

    No entanto, a quebra agora registada é considerada “pequena” pelo mercado, mantendo-se uma ideia de “forte crescimento para 2008”, embora seja previsível que nos próximos meses as percentagens de aumento das receitas baixem “porque não é possível continuar a crescer nos 40 ou 50 por cento”, sublinham responsáveis dos operadores.

    De acordo com dados compilados pela agência Lusa, desde meados de 2004, depois da abertura do Sands, o primeiro casino da Venetian Macau, que abriu as portas em Maio daquele ano e foi o primeiro casino fora do universo das salas de jogo do magnata Stanley Ho, que o sector regista fortes crescimentos anuais.

    O ano de 2005 foi também aquele em que desde a entrada no mercado de novos operadores registou o menor crescimento das receitas com uma subida das receitas brutas inferior a 10.000 milhões de patacas (800 milhões de euros) comparativamente a 2004.

    Só os jogos de fortuna e azar dos casinos atingiram no primeiro semestre deste ano 58.708 milhões de patacas (4.696,6 milhões de euros) - mais 200 milhões dos que os dados avançados pela Lusa no início de Julho - 54,6 por cento acima dos 37.974 milhões de patacas (2.957,9 milhões de euros) apurados no período homólogo de 2007.

    Em termos globais do sector - incluindo as corridas de galgos e cavalos, lotarias e apostas de futebol e basquetebol - os dados do semestre apontam para receitas brutas de 59.264 milhões de patacas (4.741,1 milhões de euros), mais 54,5 por cento do que os 38.370 milhões de patacas (3.069,6 milhões de euros) apurados nos primeiros seis meses de 2007.

    No final do primeiro semestre existiam em Macau 30 casinos - só 29 estavam efectivamente em operação - que disponibilizavam um total de 4.277 mesas e 12.956 slot machines, uma ligeira diminuição face às 4.311 mesas e 13.552 slot machines existentes no final do primeiro trimestre.
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