Açoriano Oriental
Quase 20 mil ilegais expulsos de França desde Janeiro
Cerca de 18.600 imigrantes em situação irregular foram expulsos de França desde Janeiro, um número ainda aquém do objectivo de 25.000 expulsões fixado para 2007 pelo presidente Nicolas Sarkozy, anunciou o Ministério da Imigração francês.

Autor: Lusa / AO online
A estes 18.600, expulsos da França continental, juntam-se os imigrantes ilegais expulsos dos territórios franceses ultramarinos, totalizando 39.982 expulsões, um número apenas "ligeiramente superior" aos 39.900 registados em 2006, segundo o ministério.

"Hoje em dia não há alternativa a uma política coerente e concertada de diminuição dos fluxos migratórios", declarou o ministro da Imigração francês, Brice Hortefeux, ao apresentar os dados relativos aos seus primeiros seis meses à frente do ministério.

O objectivo do governo Sarkozy é reduzir a chamada imigração familiar em benefício da imigração laboral - que actualmente corresponde a apenas cerca de 07 por cento do total.

Hortefeux anunciou ter elaborado uma lista de 150 profissões abertas aos trabalhadores dos novos Estados membros da União Europeia (UE) e que representam cerca de 40 por cento do mercado de trabalho.

Sem precisar de que profissões se trata, admitiu no entanto corresponderem na sua maioria a empregos não qualificados e justificou-o com a taxa de desemprego de 20 por cento que se regista entre os imigrantes legalizados (contra uma taxa nacional global de 08 por cento).

Segundo o ministro francês, o número de potenciais imigrantes impedidos de entrar em França aumentou em 2007, assim como o de "regressos voluntários" ao país de origem mediante uma ajuda financeira do Estado francês - 2.523 desde Janeiro, acima do objectivo fixado (2.500).

A luta contra o trabalho ilegal intensificou-se em 2007, com um aumento de cerca de 60 por cento do número de detenções de trabalhadores (819) e de 87 por cento de detenções de empregadores (332), assim como de traficantes (3.225 detidos, mais 27 por cento que no ano anterior).

Hortefeux defendeu a "coerência e equilíbrio" da política francesa de imigração e sublinhou que "todos os progressos" que venham a ser alcançados "só farão sentido se forem ampliados à escala europeia", pelo que a presidência francesa da UE, no segundo semestre de 2008, vai ser aproveitada para lançar "um pacto europeu sobre imigração".
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