Autor: Ao Lusa
Entre 100 e 120 mil portugueses saíram do país este ano, uma emigração "bastante alta", mas que se manteve estável devido à falta de emprego nos outros países, disse o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, à Agência Lusa.
O deputado do PSD eleito pelo círculo da Europa, Carlos Gonçalves, acredita que é possível ao país conseguir reduzir este número nos próximos anos com a melhoria da atividade económica e a diminuição do emprego.
“O país, a partir do momento em que começa a crescer, a partir do momento em que o desemprego estabiliza ou começa a baixar, tem mais condições, mas aquilo que também é fundamental é o ambiente que se cria na sociedade”, disse.
“Neste momento, as pessoas começam a acreditar que o país pode ter resultados e portanto as perspetivas de futuro são mais positivas, e quem procura um emprego ou um percurso profissional, é evidente que quando as perspetivas são mais positivas, tem mais tendência a acreditar no país em que reside”, afirmou.
O deputado social-democrata recordou, no entanto, que o número de portugueses a sair do país tem superado a centena de milhar desde 2008/2009, mas que a emigração é feita geralmente para países que nesta altura também enfrentam dificuldades económicas e têm uma reduzida oferta de emprego.
“A grande diferença é que neste momento os países que normalmente acolhem as comunidades portuguesas, muito particularmente a França, têm problemas de emprego, têm pouca oferta de trabalho e portanto os portugueses que emigram encontram hoje mais dificuldades do que encontravam há alguns anos para encontrar emprego”, disse.
A falta de emprego tem feito com que muitos acabem por regressar a Portugal, e os casos de portugueses em maiores dificuldades fora do país só não aumenta porque estes emigram normalmente para países com maiores comunidades portuguesas, disse o deputado.
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