PSD/Açores diz que socialistas não querem baixar impostos na região

O PSD/Açores acusou hoje o Governo Regional socialista de não querer baixar os impostos no arquipélago e de tentar intoxicar a opinião pública nesta matéria.


"O PSD/Açores lamenta as tentativas de intoxicação da opinião pública protagonizadas pelo Governo Regional e pelo Partido Socialista que, depois de três anos a criticar as medidas de austeridade resultantes da governação de José Sócrates, agora tudo tentam fazer para impedir que se concretize a necessária diminuição da carga fiscal na nossa região", consideram os social-democratas, num comunicado.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, manifestou na segunda-feira, em Ponta Delgada, disponibilidade para avaliar um aumento do chamado diferencial fiscal nas ilhas, abrindo a porta a uma diminuição dos impostos nos Açores.

O diferencial fiscal é a diminuição que os impostos podem ter em relação ao continente, cabendo aos governos e aos parlamentos de cada região fixar, através dos orçamentos regionais, os termos da sua aplicação, ou seja, se aplicam ou não a diferenciação máxima permitida.

Na sequência do anúncio de Passos Coelho, o presidente do PSD/Açores congratulou-se com "a reposição" do diferencial fiscal nos 30%, como aconteceu até ao ano passado, quando uma revisão da lei das finanças regionais o passou de 30 para 20 por cento.

Hoje, os sociais-democratas reiteram que esta é "uma medida de revitalização da economia dos Açores e um contributo fundamental para que ela possa voltar a gerar emprego e mais riqueza para as famílias e empresas regionais" e prometem apresentar no parlamento açoriano, "assim que seja aprovada na Assembleia da República a necessária alteração à Lei das Finanças Regionais", uma "iniciativa legislativa que concretiza a reposição do diferencial fiscal até aos 30 por cento".

No entanto, o PS e o Governo dos Açores pedem que a par do aumento do diferencial fiscal, haja também um aumento das transferências do Estado, que foram cortadas, igualmente, por causa da revisão da lei das finanças regionais de 2013. A reposição das transferências compensaria a quebra na receita fiscal.

Passos Coelho rejeitou, porém, aumentar as transferências para os Açores.

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Entre 2014 e 2024, a comercialização do leite e do queijo açoriano, no seu conjunto, registou um aumento de valor de 44 por cento, passando de 190,7 milhões de euros em 2014 para os 274,6 milhões de euros registados em 2024