Açoriano Oriental
Debate AR - Programa do Governo
PS espera que Governo nunca tenha de escolher entre a "espada e a parede"
O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, manifestou hoje a esperança de que o Governo nunca tenha de escolher entre "a espada e a parede", desafiando a oposição a assumir uma postura responsável em nome "do interesse de Portugal".

Autor: Lusa/AO Online

No encerramento do programa de Governo, Assis respondeu à acusação do deputado do BE Luís Fazenda de que José Sócrates quer pôr os partidos entre a espada e a parede, numa alusão à frase do antigo primeiro-ministro socialista António Guterres, que num governo minoritário disse que preferiria a espada à parede se a oposição o colocasse nessa situação.

"Os portugueses não gostam de um primeiro-ministro que esteja disponível para optar pela espada à primeira dificuldade, mas não compreenderiam nunca um primeiro-ministro que se deixasse encostar à parede", avisou o líder parlamentar do PS.

Por isso, continuou, o desafio de todos, Governo e oposição, será "evitar que algum dia se tenha de fazer essa opção radical entre a espada e a parede em nome do interesse de Portugal".

Francisco Assis saudou a oposição por não ter apresentado qualquer moção de rejeição ao programa de Governo mas deixou uma expectativa para o futuro.

"Esperemos que não cedam à tentação de apresentar a seguir pequenas moções de censura frequentes", afirmou, numa alusão à possibilidade de os partidos da oposição se unirem nas chamadas 'coligações negativas' contra as propostas do Governo.

Sublinhando que a oposição tem o direito de apresentar alternativas, o líder parlamentar do PS considerou que os partidos de oposição só se conseguirão unir "para adiar ou destruir".

"Pede-se ao Governo disponibilidade para o diálogo, pede-se à oposição que renuncie à arrogância sectária", apelou.

No seu discurso, em que não esgotou os 15 minutos disponíveis, Francisco Assis deixou elogios às prioridades do executivo e ao primeiro-ministro, saudando a opção de José Sócrates em apresentar um programa de Governo praticamente igual ao seu programa eleitoral.

"Ainda bem que temos um primeiro-ministro que não se resigna a fingir que é primeiro-ministro, que não quer permanecer mas agir", disse.

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