Autor: Rafael Dutra
O PS/Açores manifestou estar preocupado com a proliferação de pragas
como ratos, pombos, rolas, melros e lagartixas. Pragas que estão a
“ganhar proporções alarmantes nos Açores” e que se estão a “traduzir em
elevados prejuízos para diversas culturas, desde o milho à vinha, com
graves consequências sobre a saúde animal e humana”.
Por isso, os socialistas açorianos exigem ação por parte do Governo Regional e entregaram no parlamento um requerimento, questionando “onde está o Plano de Combate às Pragas Agrícolas que o Governo prometeu em agosto de 2023?”.
“Há exatamente um ano, o Governo Regional prometeu este plano, mas hoje nada sabemos. Não conhecemos o documento, nem quem foi auscultado, que tipo de estudos foram feitos sobre a rola-turca, as lagartixas, os pardais e outras aves, para além das várias espécies de ratos. E é claro, importa conhecer o ponto de situação em cada ilha, especificamente”, vincou Patrícia Miranda, a primeira subscritora do requerimento dos socialistas, citada em nota de imprensa.
A deputada socialista exige saber “que tipo de ações estão previstas para apoiar os agricultores e os vitivinicultores na implementação de medidas de controlo das pragas, para além da distribuição de rodenticida” e “que apoios estão previstos para indemnizar os agricultores e os vitivinicultores afetados pelos estragos provocados por estas espécies, nas culturas”.
Patrícia Miranda frisou que os agricultores açorianos têm “feito o que podem e o que lhes compete” para minimizar os estragos nas suas culturas e lembrou que já existiram “muitas manifestações públicas de descontentamento com a ausência de medidas concretas do Governo Regional para o controlo de pragas por parte da Federação Agrícola dos Açores e de diversas Associações Agrícolas”.
Nesse sentido, a parlamentar diz que em 2022 o Governo “reconheceu o problema” e que em 2023 foi prometido um Plano de Controlo de Pragas”, no entanto questiona onde está o mesmo.
“Entretanto, os nossos agricultores
desesperam com quebras de produção que, nalguns casos, chegam aos 70%. É
preciso agir e agir já, controlar estas pragas e, no entretanto,
procurar compensar os agricultores pelas suas perdas. É que para além
destes problemas, é preciso, também, salvaguardar a saúde pública,
porque a proliferação de ratos poderá fazer disparar os casos de
leptospirose em pessoas, uma doença grave”, concluiu a deputada.