Autor: Susete Rodrigues/AO Online
A vice-presidente do Grupo Parlamentar socialista reagia ao documento, elaborado por investigadores da Nova School of Business & Economics, em que consta dados preliminares do Inquérito aos Rendimentos e Condições de Vida , do Instituto Nacional de Estatística, que indicam que, nos Açores, “nos últimos três anos, o risco de pobreza subiu de 21.9% para 26.1%” e que 12% dos açorianos já estão em privação material e social severa”, disse Andreia Cardoso, citada em nota de imprensa do partido.
“São números assustadores, porque um em cada quatro açorianos corre o risco de cair em situação de pobreza e um em cada 10 açorianos já passa gravíssimas necessidades”, vincou.
Para Andreia Cardoso, o estudo “só veio confirmar aquilo que o PS/Açores tem vindo alertar: que o abandono da Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, lançada pelo Governo Regional do PS, resultou, diretamente, no agravamento dos indicadores de pobreza. E o pior é que estes números são apenas o reflexo do verdadeiro drama que muitas famílias açorianas vivem, diariamente, para por comida na mesa ou para garantir a educação dos seus filhos”.
A parlamentar socialista lamentou que o estudo indique que os Açores e a Madeira tenham sido as únicas Regiões do país onde a taxa de pobreza aumentou, e que os Açores “continuam a ser a Região mais desigual do país na repartição de rendimentos”.
“Temos mais um estudo credível, de uma entidade idónea, externa à Região, que alerta, mais uma vez, que os Açores estão a sofrer uma degradação dos indicadores sociais relativos à pobreza e à privação material. Estamos, neste momento, com uma taxa de risco de pobreza de 9 pontos percentuais acima da média nacional e somos a Região do país com maior taxa de privação material”, alerta Andreia Cardoso.
A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS frisa que “depois de muitos anos a melhorar e de termos conseguido sair do top da pobreza no nosso país, temos hoje um governo da coligação de direita que colocou, de novo, os Açores neste triste pódio. Isto não é andar para a frente, isto é andar para trás”.