Açoriano Oriental
Presidente dos CTT considera "um sucesso" venda da restante posição do Estado
O presidente dos CTT considerou "um sucesso" a venda dos 31,5% que o Estado ainda detinha nos Correios, sublinhando que a empresa é agora 100% privada e que uma "parte muito importante" dos acionistas são investidores institucionais e internacionais.
Presidente dos CTT considera "um sucesso" venda da restante posição do Estado

Autor: Lusa/AO Online

"Considero que a operação foi um sucesso", disse em declarações à agência Lusa o presidente dos CTT, Francisco de Lacerda, depois de a Parpública ter hoje anunciado a conclusão da venda dos 31,5% que o Estado ainda detinha nos Correios, por 343 milhões de euros, ao preço de 7,25 euros por ação.

Francisco de Lacerda destacou que os CTT são agora uma empresa 100% privada, que "está no mercado de capitais" e adiantou que "uma parte muito importante dos acionistas e dos capitais que investiram e investem" nos Correios são "investidores institucionais e internacionais".

Para o responsável, a operação mostrou a existência de "fundos que entram e investem em Portugal" e traduz "não só o capital disponível para atividades no país, mas também a confiança" em Portugal.

"Nove meses depois da privatização da maioria do capital, deu-se agora a privatização do restante, com uma colocação em investidores institucionais e, portanto, a manutenção da dispersão do capital por um conjunto de investidores institucionais e particulares, que acreditam naquilo que estamos a fazer e na criação de valor que temos vindo a fazer para os acionistas", frisou.

Francisco de Lacerda aludiu à valorização da ação dos CTT desde o início do ano e destacou que o valor dos títulos têm-se mantido em níveis mais elevados face aos registados aquando da privatização inicial, em dezembro do ano passado.

"Penso que podemos atribuir a valorização da ação ao desempenho da empresa e à forma como tem concretizado as expetativas dos investidores. Os olhos do mercado de capitais em relação a Portugal mudaram de forma substancial no início deste ano, o que tem impacto positivo na nossa ação", afirmou.

Sobre a desvalorização das ações na sessão de hoje (queda de 5,12% para os 7,41 euros pelas 12:50), o presidente dos CTT apresentou a seguinte justificação: "A colocação incluía um número elevado de ações, relativo a mais de 30% do capital, foi feita à noite e agora o mercado está a ajustar àquilo que foi o preço da colocação e ao que é a natural absorção desta transação pelo [próprio] mercado".

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Parpública anunciou hoje ter concluído a colocação 47.253.834 ações dos CTT, representativas de aproximadamente 31,5% do capital social dos CTT e da totalidade de ações por si detidas através de um processo de ‘accelerated bookbuilding’ [processo de venda rápida] dirigido em exclusivo a investidores institucionais.

A liquidação da oferta está prevista para 10 de setembro, próxima quarta-feira.

O encaixe final da reprivatização dos CTT situou-se nos 909,2 milhões de euros.

Em dezembro de 2013, o Estado vendeu 70% do capital social da empresa a 5,52 euros por ação, uma operação que permitiu um encaixe de 579 milhões de euros.

O lucro dos CTT subiu 14% nos primeiros seis meses do ano, face a igual período do ano passado, para 36,1 milhões de euros.

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