Açoriano Oriental
Economia
Presidente da Euronext Lisboa desafia empresas a investir na bolsa
O presidente da Euronext Lisboa, Miguel Athaíde Marques, desafiou as empresas açorianas a aderirem à bolsa, um "instrumento de financiamento atractivo" que considerou "fundamental" para o crescimento e competitividade destas organizações.

Autor: Lusa/AO online
"A bolsa é um instrumento de acesso a capital próprio, que é fundamental para as empresas poderem crescer", afirmou Miguel Athaíde Marques, que apresentou as vantagens do mercado de capitais a cerca de 30 empresas açorianas com um "elevado potencial de expansão nacional e internacional".

    Depois da Madeira, a "operação de charme" organizada conjuntamente pela Euronext Lisboa, Banif Açores e a Sociedade de Advogados Pedro Raposo e Associados deu a conhecer na ilha de São Miguel os procedimentos para uma eventual admissão à cotação em bolsa e as obrigações das empresas que optarem por este tipo de financiamento.

    Frisando que a cotação em bolsa permite também uma maior visibilidade e credibilidade das empresas, Miguel Athaíde Marques referiu que o financiamento bancário é presentemente "mais restritivo e caro", pelo que o mercado de capitais constitui um meio de financiamento "alternativo e atractivo".

    No entanto, o presidente da Euronext Lisboa alertou que em Portugal "as empresas estão genericamente descapitalizadas se compararmos com as congéneres de outros países", uma realidade com consequências ao nível da capacidade de crescimento e competitividade do sector empresarial nacional.

    Apesar de reconhecer que a conjuntura económica actual não é favorável, Miguel Athaíde Marques considerou que é neste período que as empresas se devem preparar para entrar em bolsa.

    "A entrada em bolsa obriga a um processo de preparação, profissionalização e organização interna das empresas", afirmou, acrescentando haver empresas açorianas com potencial para serem cotadas, por exemplo, no Alternext, um mercado de capitais recente destinado a pequenas e médias empresas.

    Segundo Miguel Athaíde Marques, o Alternext, gerido pelo Euronext, tem já mais de 130 empresas cotadas, mas ainda nenhuma é portuguesa.

    Para o presidente do Grupo Finançor, ligado à produção agro-alimentar nos Açores, a cotação em bolsa representa um "desafio à competitividade das organizações empresariais" que importa ponderar e trás notoriedade, desde que a empresa tenha projectos em carteira.

    "Acho que a Finançor reúne essa capacidade para fazer parte da bolsa, mas o que não quer dizer que estamos já na linha da frente para o fazer", afirmou José Brás aos jornalistas.

    João Marques, administrador da empresa Marques Engenharia, adiantou também que irá analisar uma futura cotação em bolsa da organização que dirige por ser "uma ideia interessante".

    No encontro participaram ainda, empresas como a eléctrica açoriana (EDA) e a transportadora aérea SATA.
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