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Presidenciais: Marques Mendes lamenta que emigrantes sejam tratados como "portugueses de segunda"

O candidato presidencial Marques Mendes lamentou que os emigrantes continuem a ser tratados como “portugueses de segunda” e acusou os partidos políticos de terem "medo do voto eletrónico".

Presidenciais: Marques Mendes lamenta que emigrantes sejam tratados como "portugueses de segunda"

Autor: Lusa

Durante uma visita a Londres, o candidato qualificou de “injustamente redutor” o sistema de voto dos portugueses residentes no estrangeiro, que exige que o voto seja presencial nas eleições presidenciais e não permita o voto postal, como acontece nas legislativas.

O resultado é o que chamou de "eleições de primeira e de segunda categoria" e disse que "os partidos são os responsáveis por esta situação, da direita à esquerda".

Em pré-campanha eleitoral, Marques Mendes revelou, em declarações aos jornalistas, o de desejo de introduzir "presidências abertas" no estrangeiro, caso seja eleito, para "ajudar a pôr um ponto final nesta matéria".

"Acho que um Presidente da República existe para ser firme, junto dos partidos, para corrigirem aquilo que está errado. Eu tenciono ter uma voz firme a dizer aos partidos, a todos eles, da direita à esquerda, o seguinte: os portugueses no estrangeiro não são portugueses de segunda", afirmou aos jornalistas.

As presidências abertas, referiu, durariam cerca de uma semana a dez dias e poderiam alargar-se a vários países, onde o Presidente da República se faria acompanhar de ministros, secretários de Estado, representantes dos partidos e altos funcionários do Estado para discutir assuntos relativos às comunidades portuguesas no estrangeiro.

Além da possibilidade do voto presencial e postal em todos os tipos de eleições, Marques Mendes defende que também seja dada aos portugueses residentes no estrangeiro a opção de votar de forma digital, criticando, mais uma vez, os partidos de bloquearem este avanço.

"Não tenho nenhuma dúvida. O voto eletrónico não existe ainda porque há partidos que têm medo do voto dos emigrantes. Têm medo que com isso aumente muito a participação e que, com isso, se alterem os resultados que são conhecidos do ponto de vista do território", afirmou.

Marques Mendes reivindicou a responsabilidade pela criação da RTP Internacional em 1992, apesar do ceticismo dentro do próprio Governo.

"Tomei essas decisões porque acredito muito nesta ideia. Portugal não é um território, é uma nação. E por isso hoje estou aqui nas comunidades", sublinhou.

Depois de uma manhã de visitas a comércios portugueses em Stockwell, o bairro no sul de Londres conhecido por "Little Portugal”, almoçou com militantes. À tarde tinha programada uma entrevista a uma rádio local e uma visita a uma festa de uma associação.

No domingo, segue para a ilha de Jersey, onde vive uma numerosa comunidade portuguesa, antes de regressar a Lisboa no final do dia.

As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.

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