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PPM exige que governo divulgue plano de reestruturação da SATA

O PPM exigiu este sábado que o Governo dos Açores torne pública antes das eleições toda a informação sobre o plano de reestruturação da SATA, grupo que emprega cerca de 1.400 trabalhadores e é “fundamental para a região”.

PPM exige que governo divulgue plano de reestruturação da SATA

Autor: AO Online/ Lusa

Em declarações à agência Lusa ao sétimo dia de campanha eleitoral, o líder regional monárquico, Paulo Estêvão, frisou que o PPM está “muito preocupado” com a situação da evolução do Grupo SATA, que tem vindo a acumular prejuízos: mais de 50 milhões de euros no ano passado, um valor semelhante ao de 2018.

“Há uma enorme preocupação do PPM. Neste momento consideramos que o governo deve fornecer todos os dados de que dispõe. O Governo Regional não remeteu o plano de negócios efetuado em 2018 que propunha uma reformulação grande da empresa. Nunca foi remetido ao parlamento, apesar de ter sido solicitado pelo PPM”, sublinhou.

De acordo com o também candidato pelo círculo eleitoral do Corvo, há uma grande incerteza sobre o que vai acontecer à companhia aérea pública açoriana.

“Nós consideramos que a informação deve ser fornecida à opinião publica tendo em conta as consequências que pode ter a reestruturação. Não sabemos que tipo de reestruturação será, se vão ser despedidos centenas de trabalhadores. O que sabemos é que o governo está a esconder essa informação de uma empresa que é pública e detida a 100% por parte da região. É inconcebível que as pessoas não tenham informação necessária a respeito dos planos do governo em relação à empresa”, disse.

No entendimento do deputado único do PPM à Assembleia Legislativa Regional, a informação tem de ser libertada antes da votação para que as pessoas percebam que tipo de opção vai ser implementada numa empresa com esta importância financeira para a economia da região e para a coesão territorial.

“O plano está feito. A administração da empresa já enviou ao governo há meses e o governo não o está a tornar publico”, realçou.

Se for autorizado um apoio do Estado através da região, sublinhou, será a região a realizar esse esforço financeiro para a recuperação da empresa: “Isto significa que este esforço para cobrir prejuízos na SATA terá efeitos na verba libertada para a saúde, para a educação e áreas sociais. Um quarto das receitas próprias da região que está a ser direcionado para uma só empresa.”

O PPM realizou hoje de manhã uma ação de campanha com o cabeça de lista pelas Flores, Gustavo Alves, e com líder nacional, Gonçalo da Câmara Pereira, no Porto de Ponta Delgada, na ilha das Flores.

“Tem problemas em termos de iluminação da barra, de condições de segurança e insuficiências que se mantêm durante meses. O porto teve uma grua vários meses sem funcionar. O que o PPM pretende é chamar a atenção. Hoje é o porto de Ponta Delgada e nos próximos dias serão dados vários exemplos de como a administração regional sob as ordens do Partido Socialista não funciona”, disse Paulo Estêvão.

Na opinião do dirigente monárquico, este tipo de problemas tem de ser resolvido de imediato, pois causam problemas num setor fundamental na ilha das Flores: as pescas.

“Estas insuficiências são problemas que levam meses e às vezes anos a resolver por ineficiência absoluta da administração. É um exemplo de como este tipo de assunto se arrasta muito tempo nestas ilhas mais periféricas, como a Flores. O que está a acontecer é uma perda demográfica tremenda na ordem dos 600 habitantes de 10 em 10 anos”, salientou.

As legislativas dos Açores estão marcadas para 25 de outubro, com 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.


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