Açoriano Oriental
Portugal vai precisar de linha de crédito e não reestruturará a dívida
A agência de "rating" Fitch considera provável que Portugal recorra a uma nova linha de crédito da "troika" no fim do atual programa de ajustamento, em junho de 2014, e que deverá escapar a uma reestruturação de dívida.
Portugal vai precisar de linha de crédito e não reestruturará a dívida

Autor: Lusa/AO online

Desde o início do programa de ajustamento que a agência de notação financeira acredita que Portugal precisará de mais apoio da ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) no fim do atual resgate.

No comunicado hoje divulgado, a Fitch diz que "acredita que uma linha de crédito com condições mais alargadas é mais provável do que uma linha de crédito cautelar dado os critérios mais rigorosos desta última”.

A agência de ‘rating’ refere ainda que se a negociação dessa linha - provável face à trajetória frágil da dívida pública, apesar de estar a estabilizar - começar logo no início de 2014, isso poderá aumentar a “confiança dos investidores” e “suavizar” o regresso aos mercados.

Já quanto a uma reestruturação da dívida, envolvendo o setor privado ou extensão das maturidades, a Fitch considera “improvável”, até porque significaria que Portugal ficaria de fora dos mercados internacionais de dívida por mais tempo.

“Além disso, a dinâmica da dívida de Portugal não é tão má quanto era a da Grécia” quando fez a reestruturação da dívida envolvendo os credores privados, em 2012, diz a Fitch.

A empresa não acredita também que Portugal faça uma troca de dívida envolvendo uma extensão das maturidades para preencher as necessidades de financiamento, já que apesar de ter menos impacto do que uma reestruturação também poderia pôr em causa o regresso aos mercados.

A Fitch prevê que a dívida pública de Portugal atinja um pico em 2014-2015 de cerca de 129% do Produto Interno Bruto (PIB) e que depois caia gradualmente a partir de 2016. A dívida pública, segundo o cenário base da Ficth para Portugal, deverá cair para 115% do PIB em 2022. Isto, refere, implica um excedente primário médio de 3% do PIB entre 2016 e 2022, o que segundo a Ficth representa uma “melhoria substancial” face ao défice anual primário de cerca de 1,3% do PIB na década anterior a 2008.

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