Autor: Lusa/AO Online
“Nós não temos ilusões relativamente à matéria em termos de resultados eleitorais […]. O que queremos, durante este processo, é permitir alargar aquilo que se chama uma reflexão acerca dos problemas da região, do país e do mundo”, salientou à agência Lusa o candidato pelo círculo de São Miguel, no último dia de campanha para as legislativas dos Açores de domingo.
Pedro Leite Pacheco, terceiro na única lista do PCTP/MRPP nestas legislativas, explicou que o partido pretendeu alargar as suas propostas a “diversas classes trabalhadoras de operários”.
“É um alerta e um novo lançar da importância da organização operária, da organização dos pescadores, da organização de todos aqueles que trabalham, porque nós, efetivamente, estamos numa situação muito grave e a única solução que nós temos é demarcarmo-nos daqueles que nos têm conduzido a essa mesma situação”, observou, criticando o executivo regional do Partido Socialista (PS).
De acordo com dirigente, as eleições para o Governo Regional pertencem ao “quadro da ditadura burguesa”.
Pedro Leite Pacheco criticou ainda a Direção Regional de Ciência e Tecnologia por não ter disponibilizado à candidatura a informação necessária sobre a Agência Espacial Portuguesa e o projeto de instalação de uma base de lançamento de satélites em Santa Maria.
“Nós tivemos aqui alguns momentos desagradáveis, como é o caso da Direção Regional da Ciência e Tecnologia, que nos sonegou a informação solicitada”, afirmou.
Segundo o candidato, o partido está preocupado, porque “estão a esconder ao povo as condições em que querem permitir estas instalações”.
O PCTP/MRPP concorre às próximas eleições regionais para a Assembleia Legislativa, pelo círculo de São Miguel, com José Afonso Lourdes como cabeça de lista.
Às legislativas dos Açores candidatam-se 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.
Nas últimas eleições regionais de 2016, de um total de 13 forças políticas, o PCTP/MRPP ficou em 10.º lugar, com 0,32% (302 votos).
No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.