Autor: Aonilne/Lusa
Antes do encerramento das jornadas, vão realizar-se dois painéis de debate, com a participação dos secretários de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa, e da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Simões Júlio.
Marco António Costa, que além de membro do Governo é vice-presidente do PSD, vai falar sobre emergência social e economia social, enquanto Paulo Simões Júlio vai debater com os deputados sociais-democratas a evolução demográfica e as políticas de coesão.
A sessão de encerramento das jornadas do Fundão vai contar também com uma intervenção do líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que na segunda-feira desafiou o PS a esclarecer se está ou não disponível para incluir na Constituição limites ao défice e à dívida.
Luís Montenegro anunciou que, a não ser com esse objetivo específico, os sociais-democratas não tencionam apresentar nesta sessão legislativa qualquer projeto de revisão constitucional, o que justificou com a "intransigência do PS" nesta matéria e com as circunstâncias económicas e financeiras do país.
O primeiro dia das jornadas parlamentares do PSD contou com a participação do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que desafiou os "partidos fundadores do regime democrático" a associarem-se à reforma do poder local, para a qual disse querer um "consenso alargado".
Por sua vez, outro dos convidados, o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes disse que gostava muito de ver as lideranças do PSD, do PS e do CDS-PP entenderem-se na aprovação de legislação, se possível, na revisão constitucional, em muitas decisões políticas e a chegarem a conclusões comuns sobre as causas da atual situação nacional.
O antigo presidente do PSD apelou aos socialistas para que não se ponham "de fora dos grandes desígnios nacionais" e comparou o seu comportamento ao de alguém a quem se emprestou a casa durante as férias, que a deixou toda partida e depois ainda se põe de fora a criticar os esforços para a sua reconstrução.
Por outro lado, no seu discurso feito de improviso sobre a coesão territorial, Santana Lopes defendeu que a regionalização não pode ser um tema "tabu" e tem de estar em cima da mesa e sugeriu a criação de uma rede de aeródromos regionais.
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