Autor: Lusa
“Ontem foram beatificadas Christophora Klomfass e outras 14 irmãs da Congregação de Santa Catarina, Virgem e Mártir, assassinadas em 1945 por soldados do Exército Vermelho nos territórios da atual Polónia”, recordou o pontífice durante a recitação do ‘Regina Coeli’, que substitui o Angelus durante o período pascal.
O pontífice celebrou estas quinze religiosas perante milhares de pessoas que se deslocaram à Praça de São Pedro para participar numa missa jubilar dedicada às famílias de todo o mundo.
“Apesar do clima de ódio e terror contra a fé católica, elas continuaram a servir os doentes e os órfãos. À intercessão das novas beatas mártires confiamos todas as religiosas do mundo inteiro que trabalham generosamente pelo Reino de Deus”, acrescentou Leão XIV.
As quinze religiosas foram mortas durante a invasão soviética da Polónia, entre 22 de janeiro e 25 de novembro de 1945, ano em que terminou a II Guerra Mundial.
O Dicastério para as Causas dos Santos do Vaticano explicou que, na altura em que o exército soviético entrou na Polónia, “o contexto era caracterizado pela difusão de uma ideologia ateia e comunista que se opunha à Igreja Católica, às suas estruturas e aos seus representantes”.
A cerimónia de beatificação destas quinze religiosas decorreu em Braniexo e foi presidida pelo Cardeal Marcello Semeraro, prefeito do dicastério e representante pontifício.
Na homilia, o Papa pediu também que Nossa Senhora interceda pelas famílias “em dificuldade”, como as que “sofrem por causa da guerra” no Médio Oriente, na Ucrânia e “em muitas outras partes do mundo”.
“Que a Mãe de Deus nos ajude a caminhar juntos no caminho da paz”, referiu.
Na mesma cerimónia, Leão XIV defendeu o matrimónio como a união entre homem e mulher, “não como um ideal”, e criticou os que invocam a “liberdade de tirar a vida”.
“Com o coração cheio de gratidão e esperança, digo-vos, esposos, o matrimónio não é um ideal, mas o modelo do verdadeiro amor entre o homem e a mulher: amor total, fiel e fecundo”, disse na homilia, citando a encíclica ‘Humanae Vitae’, de 1968.
Leão XIV lamentou que “por vezes esta humanidade é traída” quando a vida não é protegida.
“É verdade que, por vezes, esta humanidade é traída. Por exemplo, quando a liberdade é invocada não para dar a vida, mas para a tirar; não para proteger, mas para ferir”, sustentou.