Açoriano Oriental
Operário empata na Lagoa com Louletano a uma bola
Numa jogo incaracterístico, os fabris tiveram de correr atrás do prejuízo a partir do minuto 79 e conseguiram alcançar a igualdade a uma bola com um golo de Cláudio Abreu aos 94
Operário empata na Lagoa com Louletano a uma bola

Autor: Arthur Melo

O Operário, mercê da raça de Cláudio Abreu, conseguiu arrancar a ferros um ponto perante o Louletano, mantendo a invencibilidade no Municipal João Gualberto Borges Arruda, na Lagoa.

Num mau jogo de futebol - a chuva e o forte vento prejudicaram - onde a força dos jogadores foi o mais importante, os fabris apenas despertaram da letargia imposta pelos algarvios pela abnegada atitude do "capitão" que, sozinho, conseguiu puxar a equipa à procura do golo da vitória - primeiro - e do empate - depois.

Francisco Agatão, com muitas baixas por lesão no plantel, tenta fazer as omeletas com os ovos que tem à disposição mas, em abono da verdade, há unidades que não estão a render o mínimo exigível.

O caso mais flagrante é Alex que, ontem, teve um dia para esquecer ao serviço da equipa.

Se o avançado atravessou o jogo todo sem conseguir ganhar lances aos adversários, nas poucas ocasiões em que teve a bola nos pés rapidamente a perdia. Um caso de inadaptação ao clube ou à ilha ou, então, uma crise de afirmação das potencialidades que tem mas que ainda não foram visíveis.

Com um meio campo mais povoado e com o forte vento a soprar pelas costas, os algarvios dominaram a partida nos primeiros 45 minutos e encontraram em Serrão um difícil obstáculo.

Por três ocasiões, o guarda-redes fabril empregou-se a fundo a remates de Dante (18 minutos) e Della Pasqua (20 e 33), o último dos quais na transformação de um livre directo.

Com dificuldades em sair com a bola controlada, os fabris raramente chegavam à baliza de Dadinho e, quando o faziam, o perigo era quase sempre relativo.

No segundo tempo, a tendência do encontro inverteu-se mas notava-se alguma apatia ofensiva nos homens da Lagoa. Tanto que Cláudio Abreu, 69 minutos, mostrou que o objectivo era rematar à baliza.

O toque de reunir as tropas foi seguido pela equipa que aumentou a pressão e, aos 72 minutos, Serrão quase marcava quando na reposição de uma bola em jogo ia apanhando Dadinho desprevenido.

Seis minutos volvidos, Cláudio Abreu voltou a tirar as medidas à baliza algarvia. Mas, o pior, aconteceu aos 79, quando num rápido contra-ataque, Fábio Teixeira fuzilou Serrão.

Agatão, na altura, jogou as cartadas possíveis, enquanto que Cláudio Abreu continuava a obrigar Dadinho a defesas de bom nível.

Sempre acreditando e já com o "capitão" a regressar à posição que se deu a conhecer ao futebol açoriano (ponta-de-lança), o empate surgiu em cima do apito: livre cobrado por Serrão junto à linha divisória do campo, com Cláudio Abreu a cabecear para defesa incompleta de Dadinho e, na recarga, o camisola 20 a fazer explodir de alegria os lagoenses e a estabelecer a igualdade.

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