A edição deste ano do tradicional evento Natal dos Hospitais sofreu alterações devido ao contexto de pandemia, tendo sido transformado numa emissão em formato “compacto” dos melhores momentos vividos no programa nos últimos cinco anos.

Organizado pela Açormédia em parceria com a RTP/Açores, o habitual evento natalício vai ser transmitido na televisão pública açoriana no próximo domingo, dia 20 de dezembro, pelas 16h30, compilando emissões realizadas nos três hospitais da Região.

Em entrevista ao Açoriano Oriental e à Rádio Açores TSF, a coordenadora do Natal dos Hospitais, Luna Telles Ribeiro, explica que, “atendendo ao estado de pandemia e para proteger toda a equipa de colaboradores, artistas e os próprios doentes do hospital, fomos obrigados a mudar o evento”.

“Eu e o Carlos Melo fizemos uma seleção dos melhores momentos, o que não foi uma tarefa fácil porque são muitas horas de emissão. Mas foi engraçado e o nosso critério foi demonstrar que o Natal dos Hospitais é abrangente a nível Açores, passando por todos os hospitais e todos os doentes da Região”, conta Luna Telles Ribeiro.

A coordenadora do evento destaca que a “particularidade do Natal dos Hospitais é que dá espaço à música, dança e atividades circenses”, sendo que neste compacto “vamos ter um bocadinho de tudo e estou muito satisfeita com o resultado final”, afirma.

Tendo em conta que o Natal dos Hospitais é um espaço privilegiado para os artistas açorianos se apresentarem e mostrarem os seus trabalhos, Luna Telles Ribeiro faz questão de frisar que muitos deles estão a passar por situações “dramáticas” devido à pandemia.

“Estamos a criar um grupo de apoio aos nossos artistas para fazermos uma angariação de fundos, tanto monetários como de produtos alimentares. Neste momento, há artistas que estão com imensos problemas económicos, até para pagar a renda de casa e as contas da água e luz, e tendo em conta que sempre estiveram disponíveis para participar no Natal dos Hospitais – e recorde-se que ninguém ganha cachê por participar neste evento – sentimo-nos na obrigação de arregaçarmos as mangas e os ajudarmos”, realça.