Açoriano Oriental
Militares portugueses ajudam a evitar que Iraque seja "exportador de terrorismo"

O ministro da Defesa Nacional despediu-se esta segunda-feira da 10.ª Força Nacional Destacada, composta por 30 militares, que partiram para o Iraque para dar formação às Forças Armadas locais e evitar que o país seja “exportador de terrorismo”.

Militares portugueses ajudam a evitar que Iraque seja "exportador de terrorismo"

Autor: Lusa/AO Online

“O Iraque tem sido ao longo dos anos uma fonte de grande instabilidade, mas através desta missão “Inherent Resolve", onde participam militares portugueses, tem sido possível dar a formação necessária para que as forças de segurança tomem conta do seu próprio país e evitem que venha a ser exportador de terrorismo, como tem sido noutros momentos”, referiu João Gomes Cravinho.

O governante falava aos jornalistas na Base Aérea n.º 6, no Montijo, no distrito de Setúbal, naquele que foi o último contingente militar em que participou enquanto líder do Ministério da Defesa Nacional, reconhecendo o “esforço e sacrifício” dos militares que estarão seis meses em missão.

Esta é a décima força do Exército Português que parte para o Iraque, ficando sediada na base espanhola Gran Capitan no Besmayah Range Complex, a cerca de 50 quilómetros da capital daquele país, Bagdade.

“Quando estive em julho no Iraque, tive ocasião de ver a qualidade do trabalho que [os militares portugueses] fazem na formação das forças iraquianas e, por isso, dizer aos militares que cada mês que eles lá passam é um mês em que as forças iraquianas ficam mais capazes de assumir as suas próprias responsabilidades”, frisou.

Segundo o ministro, esta formação é muito importante não só para o país do Médio Oriente, mas também para Portugal e para a Europa porque o Daesh “é uma ameaça e não está erradicado”.

“Nós sabemos que perderam o controlo do seu chamado califado, na Síria, e isso levou a uma maior instabilidade no Iraque durante algum tempo. Entretanto temos preocupações em relação ao que se passa hoje na Síria e tudo isso resulta no facto de não podermos dar por encerrado este combate contra o terrorismo”, explicou.

Ainda assim, segundo um membro do Exército Português, a situação no país está “controlada” e os militares partem “com sentimento de segurança”, com a certeza de que darão o seu melhor.

O 10.º Contingente é constituído por 30 militares (27 homens e três mulheres) de várias armas e serviços do exército, para que a formação seja dada em diferentes valências.

Em abril, tinha partido a 9.º Força Nacional Destacada, composta por 25 militares do Exército Português, que regressa esta semana, depois de seis meses de formação.


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