Açoriano Oriental
Covid-19
Madeira preparada para vacinar mais de 24 mil crianças dos 5 aos 11 anos

A Madeira avançará com a vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos se esta for autorizada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), indicou o secretário regional da Saúde, referindo que o universo é de 24.248.

Madeira preparada para vacinar mais de 24 mil crianças dos 5 aos 11 anos

Autor: Lusa/AO Online

“Em relação às crianças, esta população tem de ser vacinada”, afirmou Pedro Ramos, sublinhando que os dados do país e da região mostram que “estão a ser atingidas [pela Covid-19] e também transmitem a doença”.

O secretário regional da Saúde falava em conferência de imprensa, no Funchal, na qual fez o ponto da situação epidemiológica no arquipélago face às novas medidas de contenção da pandemia, que entraram em vigor no sábado e determinam, entre outras, a obrigatoriedade de apresentar comprovativo de vacinação e teste antigénio negativo para aceder à maioria dos recintos públicos e privados.

Pedro Ramos disse que o Governo Regional (PSD/CDS-PP) aguarda apenas pela indicação da EMA, que será transmitida na próxima quarta-feira, para avançar com a vacinação das crianças.

“Se a Agência Europeia do Medicamento autorizar a vacinação das crianças, nós vamos vacinar as crianças da Região Autónoma da Madeira entre os 5 e os 11 anos, que totalizam 24.248 cidadãos”, declarou.

Pedro Ramos indicou que, após o anúncio das novas restrições, foram administradas 2.560 primeiras doses da vacina contra a covid-19 e realizados 20.485 testes rápidos em apenas três dias – sexta-feira, sábado e domingo.

“Estamos muito satisfeitos com a resposta imediata da população”, disse, alertando para o facto de, entre os 514 casos ativos no arquipélago, haver uma “grande percentagem” de não vacinados.

Pedro Ramos sublinhou que, em relação aos 52 doentes hospitalizados, 60% são não vacinados, 40% são vacinados e com comorbilidades.

O governante disse que as novas restrições resultam do aumento do número de casos, de internamentos e de óbitos na região, tendência que se verifica também no país e na Europa.

“Este aumento surge porque as barreiras mais simples de conter a pandemia estão a ser quebradas – a máscara para proteger, o teste para quebrar as cadeias de transmissão e a vacina para diminuir a gravidade da doença, os internamentos e os mortos”, alertou.

Apesar da elevada taxa de vacinação dos residentes – cerca de 85% –, a Madeira tem registado, nas últimas semanas, uma média diária superior a 50 novos casos de infeção.

As novas medidas restritivas, que exigem a apresentação de certificado de vacinação e teste antigénio negativo para aceder à maioria dos recintos públicos e privados, entraram em vigor às 00:00 de sábado, mas o executivo regional estipulou um período de adaptação de uma semana, até ao próximo sábado (27 de novembro), na exigência da apresentação conjunta do certificado e de um teste negativo.

Assim, a partir das 00h00 do dia 27 de novembro a apresentação de apenas um dos comprovativos (vacinação ou teste rápido) mantém-se para supermercados e mercearias, transportes públicos, farmácias e clínicas, igrejas e outros locais de culto, e para realizar atos urgentes relativos à Justiça e recorrer a outros serviços essenciais.

Nessa data, passa a ser obrigatório apresentar tanto o certificado de vacinação como o comprovativo de teste para entrar em espaços desportivos, restaurantes, cabeleireiros, ginásios, bares e discotecas, eventos culturais, cinemas, atividades noturnas, jogos, casinos e outras atividades sociais similares.

A obrigatoriedade de apresentação de um dos dois documentos envolve a possibilidade de os cidadãos realizarem testes rápidos gratuitos de sete em sete dias (período durante o qual os resultados são considerados válidos).

“Temos capacidade de resposta em todos os postos aderentes e aumentaremos sempre que for necessário”, declarou Pedro Ramos, indicando que as estruturas na região podem realizar mais de 10.000 testes antigénio por dia.

O governante sublinhou, por outro lado, que as novas restrições são “temporárias” e visam “continuar a proteger a população”, adiantando que as próximas três semanas serão “cruciais” para abordar as festividades do Natal.

“Não devemos, não podemos, não queremos estragar o Natal”, disse, referindo que passará a ser feita uma conferência de imprensa aos domingos para apresentar o ponto da situação epidemiológica no arquipélago.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde, o arquipélago, com cerca de 251 mil habitantes, regista 514 casos de Covid-19 ativos, num total de 13.126 confirmados desde o início da pandemia, com 52 doentes hospitalizados, quatro deles em cuidados intensivos. A região sinaliza também 89 óbitos associados à doença.


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