Açoriano Oriental
Loeb entra na história com recorde de cinco títulos consecutivos
O francês Sébastien Loeb entrou  na história do Campeonato do Mundo de ralis (WRC) como piloto com mais títulos, ao conquistar o seu quinto Mundial consecutivo, um recorde que supera os quatro ceptros dos finlandeses Juha Kankkunen e Tommi Makinen
Loeb entra na história com recorde de cinco títulos consecutivos

Autor: LUSA/AO
O francês Sébastien Loeb entrou  na história do Campeonato do Mundo de ralis (WRC) como piloto com mais títulos, ao conquistar o seu quinto Mundial consecutivo, um recorde que supera os quatro ceptros dos finlandeses Juha Kankkunen e Tommi Makinen.
Um triunfo praticamente sem contestação, apenas adiado pela regularidade do seu único rival na luta pelo título esta temporada, o finlandês Mikko Hirvonen (Ford Focus), coloca o nome do francês em destaque no palmarés do Mundial de ralis, depois de hoje ter terminado no terceiro posto o rali do Japão, 14ª e penúltima prova da época, mantendo em 46 o recorde de triunfos em provas do WRC.
Nascido a 26 de Fevereiro de 1974, em Haguenau, Bas-Rhin, França, Sébastien Loeb teve sempre o desporto presente na sua vida, quando aos três anos se iniciou na ginástica, por influência do pai, praticante, fazendo depois uma incursão no ciclismo e nas mini-motos.
Conciliando a prática desportiva com os estudos, Loeb termina o liceu e consegue o diploma de electricista, mas começa logo a gastar os seus primeiros ordenados nos desportos motorizados e compra um Renault Super 5 GT Turbo, que vai “destruindo” durante a aprendizagem até ver um anúncio de detecção de jovens talentos para ralis.
Em 1995, o agora pentacampeão do Mundo de ralis (2004, 2005, 2006, 2007 e 2008) tinha 21 anos e iniciou-se em competições oficiais de automóveis, sendo finalista do “rali jovens”, resultado que repetiu no ano seguinte e que fez despertar a atenção de equipas como a “Ambition Sport Auto”.
O proprietário (Remi Mammosser) convida então Loeb para disputar uma prova regional, com Dominique Heintz como co-piloto, e depois ingressa no nacional "Volante 106”, onde vence quatro ralis na classe 1300, saltando para a de 1600, na qual realiza duas provas.
No final desse ano, Loeb forma dupla com Daniel Elena, seu co-piloto até os dias de hoje, e em 1998 termina o Troféu Citroen Saxo Kit-Car na sexta posição, depois de vitórias em quatro provas e acidentes em outras que deixaram a equipa “Ambition Sport Auto” em dificuldades económicas.
A experiência adquirida fez dele um melhor piloto e em 1999 vence o troféu, passando a integrar a equipa de esperanças da Federação Francesa de Desporto Automóvel (FFSA), pela qual realiza duas provas do Mundial na classe A6.
No ano seguinte, sagra-se campeão de França de ralis em terra na categoria de duas rodas motrizes, antes de dar o salto para a Citroen, com a qual vence em 2001 o título de Campeão francês, ao volante de um Saxo 1600.
Nesse ano, Loeb sagra-se campeão do Mundo de ralis em Super 1600 com o Saxo e tem a sua primeira experiência no Mundial WRC ao volante de um Citroen Xsara, com o qual termina o Rali de São Remo na segunda posição.
O ano de 2002 marca a passagem definitiva para o WRC e consegue a sua primeira vitória, no Rali da Alemanha, terminando na 10ª posição o Mundial de pilotos, ganho pelo seu principal rival até 2007, o finlandês Marcus Gronholm.
Um ano depois, venceu três provas (Monte Carlo, Alemanha e São Remo), terminando o campeonato na segunda posição, atrás do norueguês Petter Solberg, campeão do Mundo de 2003.
Em 2004 dá-se a consagração de Sébastien Loeb, que vence seis ralis, soma 118 pontos e conquista o primeiro título Mundial com um Citroen Xsara, dando à marca o seu primeiro triunfo no campeonato de construtores.
O francês passa a partir de então a dominar a especialidade e no ano seguinte consegue o “bi” e dá o segundo título à Citroen, não dando hipóteses à concorrência, após vencer 10 das 16 provas do calendário e terminar a época com um total de 127 pontos.
O ano de 2006 parecia levar o mesmo caminho, após vitórias em cinco das oito primeiras provas da temporada e mais três na segunda metade, mas um acidente quando praticava BTT, em Setembro, colocou em risco um título que acabou por conseguir mesmo sem disputar as derradeiras quatro provas da época.
Depois do tricampeonato, Loeb iniciou a temporada de 2007 apostado em igualar o recorde de quatro títulos na posse de Kankkunen e Makinen, mas teve pela frente o seu mais difícil campeonato, apenas decidido na 16ª e última prova da temporada, na Grã-Bretanha, depois de uma renhida luta com o finlandês Marcus Gronholm (Ford Focus), que se despediu do WRC após a conclusão da temporada.
Loeb passou grande parte da temporada atrás de Gronholm na classificação do Mundial, chegando à penúltima prova da temporada com quatro pontos de atraso sobre o finlandês, mas a desistência deste permitiu-lhe assumir a liderança do campeonato e defender a vantagem de seis pontos que conquistara com a vitória nessa prova, disputada na Irlanda.
No último rali, na Grã-Bretanha, o francês apenas precisava de ser quinto para se sagrar campeão e geriu-o da melhor forma, terminando no terceiro posto e averbando o seu quarto título coinsecutivo, feito apenas alcançado por Makinen (1996, 1997, 1998 e 1999), uma vez que Kankkunen também tinha ganho por quatro vezes, mas de forma alternada (1986, 1987, 1991 e 1993).
Sébastien Loeb entrou na história do WRC como piloto com mais títulos Mundiais, ao conquistar o seu quinto ceptro consecutivo, após uma época que dominou desde o início, como comprovam as vitórias alcançadas em 10 dos 14 ralis já disputados.
Com o terceiro lugar, que lhe garantiu os pontos necessários para assegurar matematicamente o título, o piloto francês pôs termo à luta pelo triunfo no campeonato a uma prova do termo da temporada, com 112 pontos, contra os 102 de Hirvonen.
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