Autor: Lusa/AO Online
A Cimeira de Bruxelas foi inicialmente convocada para discutir a forma de melhorar a política externa europeia, à luz da entrada em vigor do Tratado de Lisboa, de modo a tornar a União Europeia um verdadeiro ator global.
Na carta-convite enviada terça feira aos chefes de Estado e de Governo dos 27, o presidente do Conselho, Herman van Rompuy, explica que o principal objetivo é dar um novo ímpeto às relações externas da UE – motivo pelo qual a cimeira contará também com a presença dos chefes de diplomacia dos 27 -, e preparar já o que deverá ser a posição da Europa nas cimeiras que se avizinham com parceiros estratégicos.
Mas os chefes de Estado e de Governo também vão fazer o ponto da situação sobre o endurecimento da disciplina orçamental dos Estados-membros da UE, uma medida pedida na primavera, na altura mais difícil da crise na Grécia e na Zona Euro.
Os 27 querem impedir novas derrapagens nos orçamentos nacionais e concordam com a criação de um “semestre europeu” em que cada país enviaria as grandes linhas orçamentais do ano seguinte para Bruxelas antes que a proposta fosse aprovada nos respetivos parlamentos nacionais.
Os Estados-membros têm dificuldade em avançar na discussão, por exemplo, sobre as sanções a aplicar contra os países que permitam derrapagens importantes no seu défice.