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Líder do PAN diz que “existem tiques ditatoriais” na região

O porta-voz do PAN/Açores e cabeça de lista por São Miguel, Pedro Neves, declarou que “existem tiques ditatoriais” na Região Autónoma, onde o PS governa há 24 anos.


Líder do PAN diz que “existem tiques ditatoriais” na região

Autor: Lusa/AO Online

Não podemos continuar a ter uma maioria absoluta. Obviamente que existem tiques ditatoriais”, declarou o dirigente no âmbito de uma ação de rua na baixa de Ponta Delgada, no penúltimo dia de campanha eleitoral para as legislativas regionais de domingo.

Pedro Neves acentuou que não quer “apoiar um governo socialista mas sim dar a voz aos açorianos: temos o nosso programa e alertas vermelhos que um governo do PS nunca irá acompanhar”.

“Nós queremos que as pessoas votem no PAN, vamos continuar a ser isentos, não vamos dar a voz do PAN para ajudar o governo do PS”, disse, acrescentando que “existe um medo instalado por parte dos açorianos”.

O dirigente recordou que “80% dos açorianos são empregados do Governo Regional e isso demonstra o medo que poderá existir”, lembrando que no “domingo o voto é secreto” e que, se o PAN se chegar ao parlamento dos Açores, vai trabalhar para “mudar os indicadores da região há mais de 20 anos”.

Os socialistas vencem eleições legislativas nos Açores há 24 anos, mas têm vindo a reduzir a percentagem de votos desde 2004, numa região onde o melhor resultado foi obtido pelo PSD de Mota Amaral.

Depois de obter 49,16% no ano 2000, em 2004 o PS venceu com 56,96% dos votos expressos, em 2008 com 49,96%, em 2012 com 48,98% e em 2016 com 46,43%. Em 1996, na primeira eleição de Carlos César, chegou aos 45,79%.

Os Açores têm vindo a registar, entretanto, os maiores valores de abstenção do país, sendo que nas eleições para a Assembleia Legislativa Regional de 2016 se registou na ilha de São Miguel, a maior e mais populosa, uma taxa de 63,1%, segundo a plataforma Pordata, na sua edição de 2020 do retrato da região.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.


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