Lavoura dos Açores quer reforço de 20ME para o setor no Plano e Orçamento de 2016

O presidente da Federação Agrícola dos Açores (FAA) defendeu hoje um reforço de 40% a 45% das verbas para o setor no Orçamento da região do próximo ano, o que se traduz num acréscimo de 20 milhões de euros


"Queremos um aumento de 40% a 45% nas verbas do Plano e Orçamento para 2016, com a justificação das baixas que o setor atravessa, derivado às quebras substanciais do preço do leite”, declarou Jorge Rita à saída de uma audiência com o presidente do Governo dos Açores, sem referir, contudo, o valor proposto pelo executivo.

O Plano e Orçamento de 2015 disponibilizou, de acordo com Jorge Rita, 64 milhões de euros para o setor, montante que só será alcançado em 2016 com o aumento de verbas reivindicado.

O responsável, ouvido em Ponta Delgada no âmbito da auscultação dos parceiros sociais sobre o Plano e Orçamento dos Açores para 2016, considera que só assim, e continuando a reestruturar o setor através de novos resgastes, se poderá colmatar a crise do setor.

Jorge Rita preconizou a criação de uma linha de crédito semelhante à SAFIAGRI, um sistema de apoio financeiro à agricultura, que promova uma ajuda aos custos financeiros que as explorações têm neste momento e que vão aumentar de “forma substancial”, face à redução de receitas.

“Todas as medidas que têm sido anunciadas pelo Governo da República e pela União Europeia são importantes, mas estão muito aquém daquilo que são as expetativas dos produtores regionais e não só”, declarou o presidente da FAA.

Jorge Rita afirma que a lavoura dos Açores vai aguardar por mais algumas soluções nacionais e pela adoção das propostas sugeridas ao Governo dos Açores, uma vez que se vai assistir a uma descapitalização do setor, por via da redução do preço do leite. Os prejuízos, apontou, são de 30 milhões de euros.

O dirigente responsabilizou ainda a União Europeia pela situação do setor, que referiu ser já dramática.

Sandro Paim, da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA), defendeu que o Governo Regional deve rever os valores dos impostos sobre o rendimento coletivo (IRC) e sobre o valor acrescentado (IVA) em baixa, para potenciar a economia do arquipélago.

O líder do tecido empresarial da região entende que o executivo deve criar um grupo que estude quais as empresas públicas regionais que estão em condições de serem privatizadas e podem contribuir para o crescimento da economia, mas não referiu nomes.

O responsável identificou também a necessidade de o governo implementar, ao abrigo do quadro comunitário Açores 2020, os subsistemas de incentivos direcionados para os apoios às exportações e para o urbanismo, bem como afetar mais verbas à formação profissional.

PUB

Premium

A funcionar desde outubro, a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital do Divino Espírito Santo já internou 18 doentes em casa, oferecendo cuidados de nível hospitalar no domicílio, com uma equipa multidisciplinar dedicada, menor risco de infeções e quedas, maior conforto para o doente e melhor gestão das camas hospitalares