Lajes das Flores pede atenção para ilha que pela distância tem “fator negativo”

O presidente da Câmara Municipal das Lajes das Flores, pediu mais atenção do Governo Regional para a ilha que, só pela distância, tem um “fator negativo” relativamente às outras do arquipélago



“A ilha das Flores não pode ser vista como uma ilha do Central ou do grupo Oriental. A ilha das Flores fica distante e só pela distância […] já tem um fator negativo relativamente às outras ilhas”, disse hoje aos jornalistas o socialista Beto Vasconcelos.

O autarca falava no final de uma reunião com o Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), liderado por José Manuel Boleiro, realizada no âmbito da visita estatutária do executivo regional à ilha das Flores.

Para o presidente da Câmara Municipal das Lajes das Flores, “qualquer que seja o Governo que esteja em funções tem de ter isso em atenção e tem de ter em atenção a dificuldade que é trazer bens e mercadorias, trazer médicos para consultas médicas, trazer o que quer que seja para o desenvolvimento da ilha”.

“E a necessidade de fixação de pessoas e de jovens na ilha também vai muito no sentido de poder fazer a diferença, não só em termos de população, mas também de meios técnicos e humanos capazes de ajudarem no desenvolvimento das Flores”, disse.

Segundo Beto Vasconcelos, a ilhas das Flores tem “vindo a perder população nos últimos anos e o Governo terá e tem um papel essencial nesta matéria e tem que criar condições para que se fixem pessoas na ilha”.

O autarca referiu ainda que fez ao executivo regional açoriano pedidos essencialmente relacionados com questões de saúde e transportes.

“A questão do Governo nestas áreas tem que ser trabalhar no sentido de colmatar as necessidades existentes e de dar aos florentinos ou fornecer as respostas necessárias. Não são nada de coisas do outro mundo, mas são questões básicas essenciais ao dia a dia da vida nas Flores”, concluiu.

Quanto às obras de recuperação do porto das Flores, destruído pelo furacão Lorenzo, o autarca referiu que estão em curso e que, a sua concretização é "uma necessidade" para a ilha e para o concelho das Lajes das Flores.

Por sua vez, o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, referiu que o executivo conhece bem a ilha das Flores, mas fez questão de realizar a visita estatutária, desta vez com uma agenda mais reduzida do que o habitual, para se reunir com os autarcas recém-eleitos para lhes desejar felicidades no exercício do mandato e apontar “as suas prioridades”.

No caso das Lajes das Flores, “tratou-se de uma reeleição e, naturalmente, já há um conhecimento mútuo das grandes prioridades, mas ficaram aqui reafirmadas, como sempre, uma preocupação ligada aos transportes, ligada à saúde, ligada à educação e à demografia”.

“E, portanto, foram temas abordados com total disponibilidade, quer do Governo, quer do município, para uma cooperação nestes domínios. Já muito se avançou, mas continuam, naturalmente, as preocupações relativas a estas prioridades que são, aliás, legítimas”, disse.

E concluiu: “Mas, eu também tive a oportunidade de informar os ganhos e os adquiridos que já foram alcançados nestes últimos tempos”.

PUB