Autor: Lusa/AO Online
A célula era composta por militantes da Cisjordânia ocupada liderados por líderes do Hamas na Turquia.
De acordo com a versão das autoridades, divulgada por jornais como o Haaretz ou o Times of Israel, os militantes planeavam usar drones com explosivos para assassinar Ben Gvir.
Os drones foram apreendidos após a prisão dos suspeitos, que estavam baseados na cidade palestiniana de Hebron, no sul da Cisjordânia ocupada, numa operação que decorreu nas últimas semanas, segundo o Shin Bet, os serviços de segurança interna israelita.
"O Shin Bet continuará a trabalhar para impedir qualquer tentativa do Hamas de promover atividades terroristas contra o Estado de Israel e os seus cidadãos", declarou a agência, que adiantou que irá tomar medidas "para processar os envolvidos nessas atividades", segundo o The Jerusalém Post, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.
O Hamas não se pronunciou até ao momento.
Ben Gvir, um dos principais expoentes da extrema-direita israelita (que defende a anexação da Cisjordânia ocupada e a expulsão dos palestinianos) agradeceu ao Shin Bet por ter frustrado os planos dos militantes.
"Os terroristas capturados poderão agora aprender sobre as condições dos terroristas nas nossas prisões", disse o ministro nas redes sociais.
O governante é responsável pelos serviços prisionais israelitas, onde organizações de direitos humanos documentaram abusos e tortura contra detidos palestinianos.
Colono baseado na Cisjordânia e líder do partido supremacista Poder Judaico, foi condenado oito vezes por crimes como racismo, vandalismo e apoio a uma organização terrorista.
Advogado de formação, destacou-se na defesa de judeus extremistas acusados de ataques violentos contra palestinianos.
Ben Gvir tem defendido repetidamente a fome dos habitantes da Faixa de Gaza, insistindo que, enquanto houver reféns israelitas, não deve entrar água ou comida no enclave palestiniano, palco de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.
Além disso, argumenta que a guerra atual é uma "oportunidade histórica" para reocupar a Faixa de Gaza, referindo-se aos colonatos israelitas que existiam ali antes de serem desmantelados por Israel em 2005.
A par do ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, também de extrema-direita, Ben Gvir está impedido de entrar nos Países Baixos e na Eslovénia, onde os dois governantes foram declarados ‘personae non gratae’.