ISEP cria ferramenta de IA para combater ataques informáticos na administração pública

Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) estão a desenvolver, em parceria com a Câmara Municipal de Valongo, uma ferramenta de Inteligência Artificial para combater ataques informáticos na administração pública



A ferramenta vai ser desenvolvida no âmbito do projeto PC2phish, que conta com um financiamento de 120 mil euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), esclarece, em comunicado, o ISEP.

A solução, que os investigadores do Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão (GECAD) pretendem que seja mais "robusta e escalável", está a ser desenvolvida em parceria com a Câmara Municipal de Valongo, no distrito do Porto.

Baseada em IA, a ferramenta permitirá a deteção de ataques de 'phishing' [extrair informação pessoal ilicitamente] e 'malware' ['software’ malicioso].

Os dois tipos de ataques "são perigosos e cada vez mais sofisticados", esclarece Isabel Praça, uma das investigadoras que lidera o projeto.

"É essencial disponibilizar ferramentas, como o PC2phish, que ajudam a detetá-los e evitá-los, especialmente em ambientes como a administração pública, onde a segurança da informação é crítica", acrescenta.

O projeto, que se iniciou em fevereiro e tem um prazo de execução de 12 meses, conta ainda com uma vertente de sensibilização e consciencialização, com vista a contribuir para "um ambiente de trabalho mais seguro e serviços públicos mais fiáveis".

A colaboração da Câmara Municipal de Valongo visa reforçar "a ligação entre a academia e as entidades públicas na criação de soluções inovadoras e eficazes para a segurança digital".

Citado no comunicado, o presidente da autarquia, José Manuel Ribeiro, afirma que a segurança digital "é uma prioridade inegociável" para o município.

"Num mundo cada vez mais digital, é fundamental que estejamos preparados para enfrentar as ameaças cibernéticas de forma proativa", salienta.

O financiamento permitirá à equipa de investigadores "expandir as suas atividades de investigação", bem como desenvolver novos métodos para consolidar a sua atuação na área da cibersegurança no setor público.

"A iniciativa integra-se numa estratégia mais ampla de transformação digital e capacitação tecnológica das instituições públicas, alinhada com as prioridades nacionais e europeias para a inovação e a segurança cibernética", acrescenta o ISEP.


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