Açoriano Oriental
Saúde
Incidência de cancro da pele em Portugal superior à média europeia
A incidência do cancro da pele em Portugal continua a ser preocupante face à média europeia, disse o presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV).

Autor: Lusa/AO online
"Registamos 1000 melanomas por ano [o cancro da pele com o pior prognóstico], o que é muito, relativamente à nossa população e aos números europeus", explicou Américo Figueiredo, no dia em que os dermatologistas portugueses iniciaram em Fátima um encontro de dois dias centrados na discussão em torno da cirurgia dermatológica.

O presidente da SPDV admite que os portugueses estão cada vez mais sensibilizados para a prevenção, mas alerta que continua a ser insuficiente, alertando para o facto dos diagnósticos tardios serem fatais para o paciente e para o erário público, com implicações no Serviço Nacional de Saúde.

"O facto de estarmos a falar disto no Inverno e numa época de chuva é importante, já que o turismo tem 12 meses para vender o sol e nós costumamos ter uma campanha de sensibilização para este fenómeno no mês de Maio, quando se assinala o Dia Europeu do Melanoma", argumenta Américo Figueiredo.

Já "a crise económica está a aumentar os cuidados cosméticos dos portugueses", sublinhou o dermatologista, lembrando que "num momento em que é difícil assegurar um emprego, a atenção com a imagem tornou-se uma urgência social, um cartão-de-visita para o desempregado".

Do programa da reunião da SPDV destaque para a abordagem de temas como o da cirurgia dermatológica oncológica como tratamento cirúrgico do melanoma; o tratamento no cancro cutâneo não melanoma, o dermatofibrossarcoma e carcinoma de Merckel, ainda como as novidades ao nível da cirurgia dermatológica cosmética, tais como a utilização de lasers e a toxina botulínica.
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