Autor: Lusa
Segundo um comunicado do partido, o parlamentar Nuno Barata lembra que “os bairros ‘Beira-Mar’ e ‘Nascer do Sol’ foram cedidos pela Força Aérea dos Estados Unidos da América ao Governo Regional dos Açores, em 2015”, na sequência da redução do pessoal militar da Base das Lajes, na ilha Terceira.
O deputado único da IL no parlamento açoriano criticou “a situação de abandono total, de falta de utilização de duas áreas habitacionais fantásticas, numa ilha com graves carências de habitação social, de habitação para jovens casais e para famílias da classe média”.
Após uma visita ao local, Nuno Barata manifestou-se “profundamente chocado com a incapacidade de quem tem governado a região” nos últimos anos, por ter deixado ao “abandono total” os complexos onde estão construídas “centenas de moradias” que “podiam e deviam estar a colmatar as carências da ilha Terceira em habitação social, em habitação para jovens casais e para famílias da classe média”.
Na sua opinião, o estado a que os governantes da região deixaram chegar aquelas infraestruturas “é um bom indicador da forma como no passado, nos 24 anos de governação do PS, se olhou para os problemas da ilha Terceira e para a gestão adequada do património da região”.
Também agora, “ao fim de três anos de uma nova maioria parlamentar de direita [PSD/CDS-PP/PPM], não foi feita qualquer gestão adequada destas centenas de habitações fechadas, abandonadas e em degradação”, lê-se.
“É lamentável constatar que, ao fim de quase um mandato desta coligação com altos responsáveis políticos e partidários da ilha Terceira, estes dois bairros continuem na mesma situação de abandono do que em dezembro de 2020 quando tomaram posse PSD, CDS e PPM para o Governo”, afirmou o deputado liberal açoriano, citado no comunicado.
Barata referiu ainda que só na ilha Terceira, segundo dados do próprio Governo Regional, existem “mais de 660 casas de habitação que são património da região e que deviam estar ao serviço da população que se está a ver profundamente confrontada com dificuldades de arrendar ou comprar casa para habitação própria permanente”.
O executivo de coligação, “além do imperativo de preservar o património da região”, principalmente o que possa representar perigo público, por questões de segurança ou de salubridade, assumiu “encarar o património como um ativo regional e, a prazo, poupar despesa pública em arrendamento, enquanto, simultaneamente, se qualifica este património e se qualifica o tecido urbano regional”, segundo o deputado da IL/Açores.