Açoriano Oriental
II Convenção Regional do Chega/Açores marcada para 09 de maio

A II Convenção Regional do Chega nos Açores realiza-se em 09 de maio, no auditório da Associação dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, em São Miguel, oito dias depois das eleições internas a que apenas concorre o líder demissionário.

II Convenção Regional do Chega/Açores marcada para 09 de maio

Autor: Lusa/AO Online

Em nota publicada no site do partido, a estrutura açoriana informa que a II Convenção Regional dos Açores do Partido Chega vai decorrer na manhã de dia 09 de maio, no auditório da Associação dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.

A Convenção acontece depois das eleições internas, marcadas para 01 de maio.

O atual líder, Carlos Furtado, apresentou a sua demissão a 14 de março depois de terem sido tornadas públicas as divergências com o secretário-geral e o segundo deputado regional do partido, José Pacheco.

Carlos Furtado procurava uma “clarificação eleitoral”, disse, então, à Lusa o líder nacional do Chega, André Ventura.

A crise no partido populista ficou visível com uma mensagem publicada numa página de Facebook da estrutura regional por parte de José Pacheco contra o aumento de beneficiários de RSI verificado naquelas ilhas.

A publicação foi depois apagada pelo líder regional, Carlos Furtado, que escreveu que a direção do Chega/Açores e o próprio têm "a melhor atenção" aos problemas de "excesso de RSI" e o "objetivo de se arranjar soluções eficazes, sendo que neste momento as responsabilidades", que lhes "são imputáveis, não permitem a crítica fácil e populista".

A diminuição dos beneficiários de RSI nos Açores foi uma das ideias-chave defendidas pelo Chega na campanha eleitoral até ao sufrágio de 25 de outubro de 2020 e uma das principais nas negociações com o PSD/Açores, com vista à viabilização do novo Governo Regional, após 24 anos de poder do PS.

A 15 de março, José Pacheco confirmava que seria candidato, assumindo "divergências" com o atual líder regional quanto ao "rumo" do partido na região.

Menos de um mês depois, a 06 de abril, Pacheco anunciou que ia abandonar a corrida à liderança da estrutura regional para acabar “com as divergências”.

Apesar da desistência do secretário-geral, oito dos onze elementos da direção do Chega/Açores apresentaram a sua demissão, a 16 de abril, como manifestação de apoio a Carlos Furtado.

Carlos Furtado confirmou à Lusa, a 02 de abril, que o ato eleitoral se realizaria no dia 01 de maio, mas, no dia seguinte, José Pacheco contestou, dizendo que desconhecia a data marcada.

A 04 de abril, Furtado criticava os “comportamentos desleais” de José Pacheco, que, adiantava o líder cessante, “faltou” à reunião em que a data foi decidida, “sendo que, para além da sua não comparência, o mesmo ainda não atendeu, nem respondeu (…) às tentativas de contacto que foram efetuadas, por mais do que uma pessoa, durante a dita reunião".

A data chegou mesmo a ser criticada por Fernando Mota, membro da direção, que, a 13 de abril, pedia a impugnação do sufrágio, salientando que aquele “processo eleitoral” estava “cheio de incongruências” e que “existem regras que têm de ser cumpridas”.

Ainda assim, os militantes do Chega nos Açores irão decidir se mantêm a confiança no atual líder demissionário, no dia 01 de maio, como inicialmente previsto.

Os dois deputados do Chega, juntamente com o deputado único da Iniciativa Liberal, garantem ao Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, um apoio de incidência parlamentar que garante a maioria de 29 assentos na Assembleia Legislativa Regional.



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