Autor: Lusa/AO Online
O ministro da Economia, Pires de Lima, que preside à reunião, deixou na passada terça-feira uma mensagem de confiança no investimento que foi assinado há pouco mais de um ano com o Estado português e que está em execução na Autoeuropa: "não temos nenhum sinal da Volkswagen que possa por em causa o plano de execução que foi aprovado pelo Estado".
O grupo de trabalho, criado pelo Governo português a 30 de setembro, é composto pelos secretários de Estado da Inovação, Pedro Gonçalves, dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Ambiente, Paulo Lemos e nele incluem-se também técnicos do Instituto da Mobilidade e Transporte e da Agência do Ambiente.
Este grupo de trabalho, segundo o despacho do executivo publicado em Diário da República, tem o "objetivo de monitorizar e avaliar as linhas de atuação face aos impactos da crise da Volkswagen, assegurando o respeito pelo ambiente, a fiscalidade, os direitos dos consumidores e a proteção e salvaguarda dos interesses do Estado Português".
O grupo Volkswagen detém em Portugal a fábrica da Autoeuropa, onde são produzidos os modelos Volkswagen Eos, Scirocco e Sharan e Seat Alhambra.
Em março de 2014, o grupo anunciou um investimento de 670 milhões de euros e a criação de mais de 500 postos de trabalho para o período entre 2014 e 2019, que prevê também a vinda de novos modelos para a fábrica após a descontinuação do Volkswagen Eos e permite dobrar a produção e a capacidade de exportação da empresa.
Esta terça-feira o grupo Volkswagen anunciou que vai reduzir em mil milhões de euros por ano os investimentos previstos para a marca Volkswagen.
Em comunicado, o novo responsável da marca Volkswagen (VW), Herbert Diess, anunciou que o programa de poupança em curso será executado mais rapidamente do que o esperado e que o investimento será reduzido em mil milhões de euros por ano.
A 18 de setembro foram conhecidos publicamente os resultados de testes a emissões poluentes de viaturas equipadas com motores ‘diesel’ do grupo Volkswagen, relativamente às marcas Volkswagen, Audi, Seat e Sköda, concluindo-se pela existência de viaturas equipadas com um dispositivo que permite a manipulação de informação relativa a emissões poluentes.
O grupo alemão admitiu a existência de 11 milhões de carros nestas circunstâncias, e em Portugal, de acordo com informação divulgada pela SIVA, representante das marcas Volkswagen, Audi e Sköda, estima-se que existam cerca de 94 mil viaturas afetadas, mais 23 mil da marca Seat, totalizando 117 mil veículos.