Açoriano Oriental
Greve na SATA com "efeitos menos visíveis"
Os efeitos da greve dos trabalhadores da SATA "foram agora menos visíveis", admitiu hoje o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que quer reunir-se com o presidente do Governo açoriano para esclarecer a situação na empresa.

Autor: Lusa/AO
No dia em que termina a greve iniciada a 01 de Setembro e que consistia em entrar duas horas mais tarde e sair uma hora mais cedo, começa uma paralisação ao trabalho extraordinário, que só deverá terminar dia 15, recorda o SITAVA em comunicado enviado hoje à Lusa.

    "Todos sabemos que embora se tenha mantido uma boa adesão à greve, os efeitos foram agora menos visíveis", reconheceu o SITAVA, considerando que esta situação se ficou a dever ao facto de as empresas terem alterado os horários dos trabalhadores.

    No entanto, o sindicato refere alguns efeitos da paralisação: "houve sítios que parecia haver trabalho escravo", com o pessoal com contrato a termo a "trabalhar sob fortes ameaças", mas também com "chefes a trabalhar no duro".

    Durante nove dias, os trabalhadores de terra da SATA protestaram contra a alegada intenção de segmentar o grupo açoriano de transporte aéreo.

    Em causa está a possibilidade de alguns funcionários, ao mudarem de "empresa" dentro do grupo, perderem a antiguidade além de passarem a ser regidos por um novo Acordo de Empresa (AE).

    O SITAVA teme que passe a "haver nas mesmas empresas, lado a lado e com funções idênticas, trabalhadores a quem se aplica o AE, e outros que se regem pelo Código do Trabalho".

    Por isso, exige "regulamentações colectivas de trabalho iguais ou equivalentes em todas as SATA", admitindo "pequenas adaptações às realidades de cada empresa".

    O SITAVA anuncia ainda que pretende solicitar uma reunião ao Presidente do Governo Regional dos Açores, durante a qual espera que Carlos César esclareça de que forma é que estão dadas garantias aos trabalhadores.
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