Autor: Lusa/AO Online
Ao mesmo tempo, frisou que apenas os refugiados que entrarem no novo campo erguido para substituir o centro incendiado de Moria poderão contar com o processamento do seu pedido de asilo.
“Ninguém vai ficar de fora do campo. Não se cogita em hipótese alguma que um refugiado possa deixar a ilha se não passar pela nova estrutura de Kará Tepé primeiro e seguir os trâmites de legalização”, disse o ministro em declarações ao canal privado Skai.
Até agora, apenas pouco mais de 800 pessoas entraram no novo centro de Kará Tepé e a maioria dos 12.000 migrantes que ficaram desabrigados preferem dormir na rua do que entrar em um novo campo, que descrevem como uma prisão.
O acordo de migração entre a União Europeia (UE) e a Turquia estabelece que apenas as pessoas pertencentes a grupos vulneráveis ou cujo pedido de asilo tenha sido aceite podem ser transferidos para o continente grego; aqueles que não obtiverem proteção internacional devem ser devolvidos à Turquia.
Entre a noite de 08 e o dia de 09 de setembro, o campo de migrantes de Moria, na ilha grega de Lesbos, o maior da Europa e inaugurado há cinco anos no auge da crise migratória, foi totalmente destruído por incêndios, deixando os seus 12.000 ocupantes desabrigados.