Açoriano Oriental
Governo vai criar PPR do Estado para estimular poupança
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social revelou hoje, em entrevista ao Jornal de Negócios, que os subscritores do novo Plano Poupança Reforma (PPR) do Estado vão poder acumular benefícios fiscais com os de outros PPR’s comerciais.

Autor: Lusa/AO
“Vamos criar essa possibilidade de haver um reforço da poupança individual, em articulação com o desconto da Segurança Social”, disse Vieira da Silva ao Jornal de Negócios (JdN).

    A ideia é criar com o PPR público uma rotina mensal de entregas à Segurança Social para além das habituais contribuições que se vão reflectir depois nas prestações de reforma.

    Vieira da Silva adiantou que o objectivo é estimular o aumento da poupança e não fazer concorrência aos bancos.

    O novo PPR “não é concorrente de outros produtos com lógica de poupança, antes quer alargar essa poupança”, acrescentou.

    Explicou que os portugueses “não terão que optar entre os benefícios de um ou outro PPR antes vão poder acumulá-los e com patamares semelhantes”.

    Actualmente um PPR permite deduções à colecta do IRS de 20 por cento dos montantes aplicados com limites que variam de acordo com o escalão etário do investidor.

    A autorização legislativa para o diploma que instituirá o novo PPR já está contemplada no Orçamento de Estado para 2008 e até final do ano o assunto deverá ir à Assembleia da República.

    Na entrevista ao JdN, Vieira da Silva adiantou que as previsões económicas de crescimento e desemprego estão ajustadas ao ciclo de recuperação em curso.

    “O Governo reviu em baixa a estimativa [de crescimento económico, de 2,4 por cento para 2,2 por cento], sendo mais prudente. Mas esta previsão está assente numa lógica de recuperação económica, uma recuperação lenta, mas segura”, disse.

    Manifestou ainda a convicção de que não haverá mais desempregados sem direito a subsídio de desemprego, nem que o desemprego de longa duração aumente em 2008.
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