Autor: Paula Gouveia
Em causa a denúncia dos deputados do Bloco de Esquerda de que há “pessoas que se encontram deslocadas para consultas, exames complementares de diagnóstico e para tratamentos no Serviço Nacional de Saúde, na cidade de Lisboa, que não conseguem encontrar um local para estadia a preços comportáveis”. Segundo o BE, mesmo os que procuram a assistência social, vêm ser-lhes dada “uma lista com residenciais, hostels e hotéis, cujos preços são muito elevados”, e, como tal, “muitas vezes estas pessoas acabam por se ver obrigadas a optar por uma alimentação de baixo valor nutricional, de forma a fazer frente às dificuldades económicas”.
O BE lembra que o
Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, em julho de 2022,
inaugurou uma residência para acolhimento de doentes deslocados, na
cidade do Porto, e, em declarações à comunicação social, afirmou que,
depois de “consolidar” a residência do Porto iria procurar também “um
alojamento condigno em Lisboa”. “Passados 14 meses sob as suas
declarações, em que afirmava que Lisboa seria a próxima cidade a ter uma
residência para doentes deslocados dos Açores, nada mais foi conhecido
acerca deste assunto”.