Açoriano Oriental
Governo enfrenta minimanifestações um pouco por todo o país
Milhares de pessoas saíram este sábado à rua em 14 cidades para protestar contra as medidas de austeridade, mas só Lisboa, Porto e Coimbra registaram afluências significativas, havendo apenas 'minimanifestações' com dezenas de pessoas nas restantes cidades.

Autor: Lusa/AO online

Lisboa e Porto registaram milhares de pessoas para assinalar o protesto convocado pelo movimento ‘Que se lixe a troika’, mas em Coimbra a participação não conseguiu mais que centenas de pessoas, com os próprios promotores da iniciativa a admitirem que esperavam uma afluência maior.

“Esperava mais gente” nesta concentração e desfile até à Praça 8 de Maio, admitiu à agência Lusa João José Cardoso, um dos promotores da iniciativa, que argumentou, embora não concordando, que “as pessoas acham que já não vale a pena manifestarem-se porque não muda nada”.

Na manifestação participaram pessoas de diferentes idades e setores, desde reformados a sindicalistas e dirigentes associativos, algumas das quais conotadas com o PS, PCP e Bloco de Esquerda.

Em Beja, como símbolo do "sufoco" que sofre o povo português, um boneco foi "enforcado" no pelourinho da Praça da República, num protesto que juntou cerca de 20 pessoas. O boneco, batizado com o nome Rodolfo, simboliza "o povo português" e o enforcamento "a intenção do Governo de o sufocar e enforcar com sistemáticas medidas de austeridade", explicou à Lusa uma das organizadoras do movimento, Ana Ademar.

Em Faro, estavam às 16:30 concentradas no largo da Pontinha, no centro da cidade, cerca de meia centena de pessoas, que ouviam música de intervenção em fundo e onde se viam alguns manifestantes com cartazes onde se lia "que se lixem os ricos".

Nos Açores, o protesto previsto acabou por ser desconvocado face à chuva que caía na Horta, cidade onde se tinham juntado menos de três dezenas de pessoas.

No Funchal, a contestação ficou marcada pela afluência de apenas 25 pessoas no Largo do Município e pelo desentendimento entre os promotores, visto que um deles, Duarte Rodrigues, decidiu desrespeitar a decisão interna sobre quem usaria da palavra e discursou, criticando os movimentos e sindicatos que têm prejudicado a “unidade de ação” e “são controlados por partidos”, o que levou alguns participantes a desmobilizar.

A manifestação do movimento “Que se lixe a troika” decorreu em 14 cidades portuguesas com o objetivo de protestar contra as políticas de austeridade do Governo.

As ações realizaram-se em Aveiro, Braga, Beja, Coimbra, Faro, Portimão, Funchal, Horta, Lisboa, Portimão, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

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