Açoriano Oriental
Governo dos Açores quer estabelecer capacidades de carga para áreas ambientais
A secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo dos Açores, Marta Guerreiro, defendeu hoje a adoção de regulamentos de acesso e o estabelecimento de capacidades de carga para determinadas áreas ambientais.
Governo dos Açores quer estabelecer capacidades de carga para áreas ambientais

Autor: Lusa/AO Online

 

Ao discursar no debate sobre a proposta do Programa do Governo Regional, na Assembleia Legislativa, na Horta, ilha do Faial, Marta Guerreiro referiu que os objetivos de sustentabilidade, “associados ao valor patrimonial e à sensibilidade dos ecossistemas das áreas protegidas, exigem uma monitorização permanente e um controlo efetivo das suas principais ameaças, designadamente a pressão antrópica e a dispersão de espécies invasoras”.

“Neste quadro, ganha relevância a elaboração dos planos de gestão dos parques naturais e das Reservas da Biosfera, bem como a adoção de regulamentos de acesso e o estabelecimento de capacidades de carga para determinadas áreas”, declarou a governante.

Marta Guerreiro, que assumiu há duas semanas a nova secretaria criada nesta legislatura, adiantou que nos próximos quatro anos o executivo açoriano vai desenvolver um conceito próprio para o turismo de natureza que abranja estabelecimentos, atividades e serviços de alojamento e animação turística e ambiental, instalados ou desenvolvidos em áreas protegidas.

“Na mesma linha, e face à crescente importância que a observação de aves tem por todo o mundo, e que se reflete também no nosso arquipélago, vamos implementar a Rede de Observação de Aves dos Açores, promovendo um turismo ornitológico sustentável e responsável”, referiu.

Ainda no ambiente, Marta Guerreiro destacou que as lagoas dos Açores “são elementos marcantes da paisagem”, notando que, “com os planos de ordenamento das bacias hidrográficas, foi possível desencadear processos de recuperação”.

Como exemplos, apontou as lagoas das Furnas e das Sete Cidades, na ilha de São Miguel.

“Apesar da evolução positiva da qualidade destas massas de água, ao ponto de terem atingido o seu melhor estado nos últimos anos, é certo que ainda temos um longo caminho a percorrer”, admitiu.

No caso da lagoa das Furnas, que permanece eutrofizada, “será dada prioridade a ações que visam atuar sobre a origem dos nutrientes” que afluem à área.

Já na área da energia, o executivo quer tornar o arquipélago uma “referência internacional, pelo pioneirismo da implementação da descarbonização da mobilidade, conferindo-lhe a classificação de região inovadora e energeticamente sustentável, em grande harmonia com o tipo de turismo” que o Governo Regional defende.

Sobre o turismo, Marta Guerreiro defendeu que a região não se pode deslumbrar com as estatísticas do setor.

“E aqui, o nosso objetivo último é muito claro, criar condições para que o turismo assuma na atividade económica um maior peso, quer seja pela componente do produto, direto ou indireto, quer pela criação de emprego, procurando que este seja um crescimento consolidado”, apontou.

A qualificação e a sustentabilidade do destino, a eficácia na promoção e a eficiência nas acessibilidades são objetivos estratégicos para esta legislatura neste domínio.

 

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